aborto

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DESENVOLVIMENTO
É uma tragédia quando as mulheres se vêem grávidas de um estupro. “Como se não bastasse ter sofrido uma violência comparável a atos de tortura, ela precisa tomar uma decisão normalmente sem apoio, de uma forma exposta, sentindo culpa e sendo julgada pela sociedade”, explica o médico Jefferson Drezet, coordenador do “Programa Bem Me Quer” do hospital Pérola Byington, de São Paulo, referência no atendimento de mulheres vítimas de violência sexual. Foi o que aconteceu com Carlinda José Flávio. Aos 21 anos, ela descobriu que estava grávida, já no quinto mês de gestação, após um estupro. Não pensou duas vezes, fez as malas e fugiu de Anápolis (GO) para a casa de uma prima, em Brasília, com medo de se tornar a vergonha da família. O objetivo era pular de um viaduto e se matar. Ela tentou duas vezes, mas o bebê mexia dentro da barriga e tirava a sua coragem. Na terceira tentativa, diz que sentiu uma mão em seu ombro e ouviu um pedido para que não se jogasse. “Olhei para trás e não tinha ninguém. Fui embora chorando, desesperada, e me dei conta de que queria ter a criança”, conta.
Hoje, de volta à sua cidade e com 61 anos, Carlinda está casada há 39 e é mãe de quatro filhos. A filha nascida do estupro é a mais velha, a técnica Cíntia Aparecida Flávio, 39, que tinha apenas 7 anos quando descobriu não ser filha do seu pai. “Foi um choque. Ele era o meu herói. Por muito tempo tive crises querendo saber quem era o meu pai verdadeiro, se eu tinha outros irmãos”, diz. Mas foi aos 21 anos, grávida do seu filho Rafael – hoje com 18 – que a jovem descobriu toda a verdade. “Nunca mais quis conhecê-lo e passei a admirar e amar ainda mais a minha mãe.”
A mãe de Felipe Francisco da Silva, 23 anos, era surda e muda, e foi vitima de um estupro, ela morreu quando o menino tinha quatro anos, e ele foi criado pela avó. “Quando eu tinha 15 anos, minha avó me chamou para uma conversa me contou toda a sua verdade. Na época, eu não consegui enxergar a dimensão disso, só

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