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A Medicina egípcia
A medicina egípcia ensinou muito aos gregos; aqui mais uma vez, foi o empirismo (experiência), e não a teoria que teve consequências importantes. O sistema teórico medicinal egípcio foi, obviamente, religioso: dessa maneira, ele não se diferenciou muito dos babilônios e assírios, que igualavam a doença ao pecado, prescrevendo remédios encantatórios. Mas eles tiveram um sistema paralelo de medicina empírica frequentemente muito efetivo. É curioso observar que a experiência da mumificação lhes ensinou muito pouco sobre anatomia. Eles acreditavam, por exemplo, que o coração (e não a mente) era o responsável pelo pensamento. Um estudo de vocabulário anatômico da época revela que eles não sabiam nada sobre a circulação do sangue nem sobre o sistema nervoso, e muito pouco a cerca dos músculos. Como outros povos antigos, eles tendiam a confundir a doença com seus sintomas, tratando desses últimos.
A habilidade de observação permitiu aos egípcios se tornarem o primeiro povo a compilar uma útil farmacopéia. Não podemos identificar todas as substâncias utilizadas como remédio – o óleo de rícino, diversos sais, ópio, chifres de veado, casco de tartaruga, mel de figo e alume, entre outros – mas o tratamento empírico era de grande simplicidade. Os egípcios utilizaram pela primeira vez algumas drogas bem conhecidas, que desde então permanecem em uso. Sua experiência está explicitada em textos médicos hebreus, sírios e persas, assim como em escritores clássicos como Teofrasto, Plínio, Dioscórides, Galeno e Hipócrates. Além de se fazer presente em tratados medicinais do Império Romano, Bizantino e Árabe, de grande serventia através da Idade Média, da Renascença e mesmo depois. Os egípcios tiveram fama de peritos em envenenamento – nascida, certamente, pelo conhecimento de poções soníferas.
O mundo recebeu o conhecimento médico egípcio de maneira indireta, pois, mesmo entre os gregos, apenas Pitágoras parece ter aprendido a ler na língua egípcia. O Egito

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