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Capítulo I As Pessoas e as Organizações

A história da Administração enquanto ciência não dispensa o olhar dedicado ao indivíduo, sem o qual o princípio de Administração não se sustenta. Partindo do pressuposto de que administrar é em última análise acompanhar de perto o desempenho humano nas tarefas ou obrigações que lhe é conferida, a abordagem antropológica tenta definir corretamente o foco principal das atividades organizacionais. A partir do homem, tudo se resolve, ou pelo menos tenta ser resolvido. Dessa forma, os procedimentos, processos, regras e tudo o mais que se formalize dentro de uma organização são dinamizados pelo desempenho humano, apesar da pouca valorização que lhe é dada no contexto organizacional.

A persistência dos autores clássicos e até mesmo aqueles que compõem a Escola das Relações Humanas, em entender o indivíduo como um insumo a mais, igual a tantos outros necessários para a realização de qualquer empreendimento organizacional, demonstra que ainda não se conseguiu superar as dificuldades que se estabelece na relação empregado-empregador. Essa dialética será mais bem discutida pela análise das teorias de autores consagrados, indicando caminhos para se manter a harmonia organizacional a partir do binômio empregado-empregador.

1. As Pessoas e as Organizações

A integração ente o indivíduo e a organização não é um problema atual. Na verdade, essa preocupação surge com os antigos gregos.

Mayo (1933) e Roetglisberger (1939) desenvolveram estudos detectando o impacto causado pela organização industrial e pelo sistema de autoridade unilateral sobre o indivíduo. Não pouparam críticas à “abordagem molecular”, defendida pela Administração Científica de Taylor e seus seguidores, por a considerar desumana. Elton Mayo (1890 – 1949), psicólogo americano, em 1927 pretendendo estudar os efeitos da iluminação na produtividade e nos índices de fadiga, desenvolveu uma experiência na fábrica de Western Electric,

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