1,99 um supermercado que vende palavras

CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO

LUIZA IOP

ANÁLISE DO FILME 1,99 UM SUPERMERCADO QUE VENDE PALAVRAS

Santa Maria, RS
2012

1,99 UM SUPERMERCADO QUE VENDE PALAVRAS

Um filme reflexivo em que tudo que apresenta tem um significado. Alguns pontos exibidos de forma explícita (como o saque do dinheiro no caixa eletrônico) e outros nem tanto. Ele retrata sobre como o capitalismo está presente na vida das pessoas produzindo desejo e falta, necessidade. Apresenta-se um mercado todo branco no qual não se vende produtos quaisquer e sim embalagens todas brancas com dizeres, como pequenas frases de uma ideia, um sentimento, uma sensação e até mesmo de autoajuda.
A identidade dos consumidores se constrói a partir do que eles desejam, idealizam e sonham. Não há muita importância para o que de fato estão comprando ou se estão comprando, pois o consumo está muito além, ele se desenvolve por meio do desejo, da fantasia, do fetiche. É ilustrada visivelmente a vida fria, fechada, centrada em um consumismo por marca e marketing apresentando aspectos da sociedade moderna, como violência, a convivência.
No decorrer do filme aparece outro ambiente: a parte de fora do supermercado. Lá estão presentes pessoas andando de um lado a outro diante da entrada, desejando entrarem neste estabelecimento. Elas procuram imitar, tanto gestos quanto atitudes, tudo o que acontece dentro do “1,99 o império da nebulosa”, pode-se perceber isso no momento em que todos os personagens começam a fazer ginastica ou mesmo na parte em que o celular começa a tocar. Está muito clara a inveja, o desejo, nestas cenas (as pessoas do lado de fora sonham estar dentro do mercado embora estas mesmas não consumam, a não serem produtos piratas como o tênis Nike falsificado que é dado ênfase pela câmera). É como se todos seguissem o que é determinado pela sociedade.
Por fim, o filme foca o desejo e as angustias das pessoas que procuram por algo que parece não estar ali, andando de um lado