A cidade enquanto dispositivo de produ o de subjetividade na rela o com sujeitos assistidos em servi os de Sa de Mental no Brasil

tidos como insanos. Nas cidades do período medieval e do renascimento o filosofo francês apontou a existência de acontecimentos comuns a relação destas com o louco. Supõe ele que em geral tais locais costumavam assumir a responsabilidade por seus insanos, ao mesmo tempo que expulsava aqueles não nascidos em seu território, mas que como errantes por lá acabavam por chegar. (FOUCAULT, 1978, p.14) Alguma dessas cidades até organizavam e financiavam certas peregrinações para os loucos. Foucault até comenta a existência de uma embarcação, Narrenschiff, que foi destinada a estas peregrinações. Já em “outras cidades como Nuremberg, que certamente não foi lugar de peregrinação e que acolheram grande número de loucos, bem mais que os podiam ser fornecidos pela própria cidade. Esses loucos são alojados e mantidos pelo orçamento da cidade, mas não tratados: são pura e simplesmente jogados na prisão. É possível supor que em certas cidades importantes- lugares de passagem e de feiras- os loucos eram levados pelos mercadores e marinheiros em número bem considerável, e que eles eram ali ‘perdidos’, purificando-se assim de sua presença a cidade de ode eram originários” (FOUCAULT, 1978, p.15) Já na modernidade a partir do século XVII, onde o isolamento social, o confinamento, passou a ser a prática comum a qual eram submetidos os loucos, cabendo-se “recolher, alojar, alimentar aqueles que se apresentavam de espontânea vontade, ou aqueles que lá são encaminhados pela autoridade…

laço social: Uma questão ética (e nova) para a clínica, dos autores Paulo Amarante e Rosimeire Silva, respectivamente. O estudo evidencia a necessidade de um trabalho multidisciplinar no campo da Saúde Mental, a utilização da atenção básica, adoção das dimensões da Reforma Psiquiátrica, avaliação dos casos e das práticas em curso, as questões da clínica e a dificuldade de se reconhecer o louco como sujeito e cidadão. Palavras – Chave: Saúde Mental, Reforma Psiquiátrica, clínica, atenção…

divinas. (Pelbart, 1989). Durante os séculos XVII e XVIII, Foucalt (1972) o descrevem como sendo o período da Grande Internação, onde a incapacidade de trabalhar levar os loucos, juntamente com outras pessoas excluídas da sociedade como: mendigos, criminosos, velhos, a ocupar o lugar nos antigos leprosários, onde permaneciam neste local ate a morte. Quanto a hospitalização, esta não possuía função medica, detinha um papel de reclusão, cujo objetivo era de promover a ordem social. Os…

mudança sim, negligencia não. Belo Horizonte - MG, SEGRAC, 1992. AMARANTE, Paulo. Psiquiatria sem hospício. Rio de Janeiro, Relume Dumará, 1992. AMARANTE, Paulo. Psiquiatria Social e Reforma Psiquiátrica. Rio de Janeiro, Editora Fiocruz, 1994. Fichamento objetivo ‘ GOFFMAN, Erving. Manicômios, prisões e conventos. São Paulo, Perspectiva, 1999. "O novato chega ao estabelecimento com uma concepção de si mesmo que se tornou possível por algumas disposições sociais estáveis no seu mundo…

doentes de uma forma geral, assim como os loucos, possuídos por deuses ou demônios ou atribuídos de uma verdade transcendental. O nascimento da medicina e da psiquiatria ocorre no cerne do projeto técnico-científico da modernidade, estabelecendo um marco para o entendimento da loucura como evento histórico, político, social e cultural, buscando formas de organização para uma população de indivíduos que não se adequavam à nova ordem social. Até o século XVIII, na Europa, os hospitais…

conversa com ninguém, então ele começa aos poucos falar que era o que não fazia há anos, ela o faz voltar à vida e a lembrar de coisas que ele havia esquecido. Paula descobre que ele é antropólogo e descobre varias coisas da vida dele. Dante começa a lembrar do passado dos seus amores como René que também é antropóloga e ajuda Dante a pegar os ossos no terreno de sua amiga de infância que também já havia sido seu amor. René só faz que vai dar o mérito a Dante dos ossos e até supõe uma…

A HISTÓRIA DA REFORMA PSIQUIATRICA 1. A HISTORIA DA LOUCURA A loucura era vista na Grécia antiga como manifestação dos deuses, onde o louco era reconhecido e valorizado socialmente. Neste período as palavras ditas pelo louco eram como um importante saber capaz de interferir no destino das pessoas ( SILVEIRA, 2005). A loucura seria um recurso da divindade para que seus projetos ou caprichos não fossem contrastados pela vontade do homem (PESSOTTI, 2003). Neste período a loucura…

realiza claramente uma crítica às instituições psiquiátricas no Brasil e também, à postura do cientista e do extremo cientificismo do final do século XIX. Dr. Simão Bacamarte (protagonista), médico, volta à terra natal, Itaguaí, para entregar-se ao estudo da ciência. Com o tempo, resolve dedicar-se ao estudo da sanidade e da loucura humana, fundando o seu manicômio, a Casa Verde, onde os loucos da cidade se instalariam e seriam tratados favorecendo também o estudo de tal doença.…

considerados alienados mentais. Anteriormente, ainda na Grécia Antiga, a loucura era considerada uma manifestação divina, e o louco era então concebido em sua excentricidade necessária e supersticiosa, dotado de determinada sabedoria profética e transformadora. Não havia, portanto, a segregação dos loucos. Propunham-se, todavia, tratamentos por sono e incubações nos templos esculapianos. Já no séc. XV, Idade Média, a loucura era vista como algo diabólico, não humano, ao mesmo tempo…

Phillipe Pinel que a loucura passa as ser considerada doença, ele passa a observar o comportamento e sintomas dos pacientes do Hospital de Bicêtre em Paris no século XVIII. Neste século ainda vai dar-se um novo sentido à loucura, iluminados pela razão e pelos ideais de “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, dá-se início as críticas feitas ao internamento levando o paradigma de respeito a humanidade, influenciados pelos preceitos da Revolução Francesa (ALVES, 2009). Durante a Renascença…