Trabalho Mesmo

inconsistência, os sermões moralistas e a utilização reiterada de medidas sem respeito pelos princípios consignados na lei (uso de medidas disciplinares corretivas e sancionatórias que não prosseguem finalidades pedagógicas, preventivas, dissuasoras e de integração): estão, claramente, a potenciar conflitos e problemas de comportamnto, ao invés de os reduzir. Porquê, então, uma opção de mediação? Trabalhar com este tipo de procedimentos é uma forma de ser e estar, que além de ser igualmente exigente no cumprimento das normas, apoiar as crianças e jovens a desenvolver comportamentos e competências sociais que promovam relações interpessoais positivas a longo prazo. Se a escola opta unicamente pela via punitiva (que tem vantagens, por vezes, quando é necessário salvaguardar a segurança da escola), o aluno raremente assume que não pode executar mais o seu comportamento: ele aprende que o seu próximo comportamento tem de ser melhor camuflado. Além disso, não aprende competências fundamentais como, por exemplo, a empatia e trabalha apenas o sintoma e não a causa do problema. As práticas assumidas pela Mediação permitem promover a consciencialização do infrator acerca de como a outra pessoa se sentiu com o seu comportamento; evita sermões ou repreensões (o que para o infractor não passa de ‘mais do mesmo’); envolve ativamente as partes na resolução do problema, na reparação do dano e no cumprimento dos compromissos estabelecidos; separa a ação do agente (o aluno ‘fez’,…

FICHAMENTO 1. PONTES, Reinaldo Nobre. A mediação. In Mediação e Serviço Social: um estudo preliminar sobre a categoria teórica e sua apropriação pelo serviço social. São Paulo: Cortez; Belém, PA: Universidade da Amazônia, 1995. (pp 54-57 e 76-88) 1ª parte - Resumo da obra Páginas 54-57 O texto traz uma abordagem do que vem a ser mediação na perspectiva Hegeliana. Para este a categoria mediação é apontada sob dois aspectos, o da totalidade e o da negatividade. A primeira procura…

ORGANIZAÇÃO 2. A PSICANÁLISE 3. A PSICOSSOCIOLOGIA II. UMA VISÃO DINÂMICA DA ORGANIZAÇÃO 1. O QUE É UMA ORGANIZAÇÃO 2. A BASE INSTITUCIONAL 3 . O DISCURSO 4. AS REDES DE PODER 5. O PROCESSO DE MEDIAÇÃO DE CONTRADIÇÕES 6. A CULTURA ORGANIZACIONAL 7. MECANISMOS DE REGULAÇÃO INSTITUCIONAL III. COMPREENDER PARA AGIR: A FUNÇÃO DO DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL 1. O ENQUADRAMENTO DO DIAGNÓSTICO NA ORGANIZAÇÃO 2. FERRAMENTAS EFICAZES 3. O USO DO DIAGNÓSTICO IV. REFLEXÕES: A…

garantam às partes envolvidas a possibilidade de resguardar-se com suas razões, dizer de modo impositivo a solução da questão. Firmemente, uma das partes sairá perdedora e terá que se submeter àquilo que foi apontado. Este modo de resolução de conflitos é chamado de heterocomposição, já que, “A heterocomposição ocorre quando o conflito é solucionado através da intervenção de um agente exterior à relação conflituosa original. É que, ao invés de isoladamente ajustarem a solução de sua…

quando o próprio sujeito busca afirmar, unilateralmente, seu interesse, impondo-o (e impondo-se) à parte contestante a própria comunidade que o cerca”. De certo modo, a autotutela permite o exercício de coerção por um particular em defesa de seus interesses. Contemporaneamente, a cultura ocidental tem restringido, ao máximo, as formas de exercício da autotutela, transferindo ao aparelho do Estado as diversas e principais modalidades de exercício de coerção. Conforme entendimento de…

PROJETO MEDIAÇÃO DE CONFLITOS: DINÂMICA DOS BOMBONS 1. INTRODUÇÃO Os conflitos são comuns no dia a dia de uma sociedade e dentro das escolas ocorrem com muita frequência, por ser um ambiente de socialização em que ocorrerão manifestações de sentimento, afeto e, claro, emoções que são propícios à geração de conflitos e que muitas vezes o diálogo não é capaz de resolver. Essas situações de conflito surgem em qualquer situação social em que haja compartilhamento de espaços, normas,…

responsabilidade aos Peritos e Assistentes Técnicos na abordagem dos conflitos que chegam ao Judiciário. Há uma diferença entre a visão do que é o conflito para o Direito e para a Psicologia: enquanto para o primeiro refere-se à pretensão resistida, se resolvendo ao final do processo, para a segunda o conflito não se resolve porque faz parte da vida, mas sim se transforma. Quando o conflito se transforma num impasse, pode acabar sendo encaminhado ao Judiciário sob a forma de lide. O…

sociedades complexas são protagonizados por um ator coletivo descentralizado que, a partir de novas práticas, tem tematizado, na cena pública, conflitos decorrentes de diferentes esferas da vida individual e coletiva. Estes antagonismos sociais contemporâneos são assinalados por lutas em direção à apropriação do sentido contra formas hegemônicas que nomeiam a realidade, nas quais o controle e a veiculação da informação, a partir dos processos de mediação, se apresentam como aportes…

heterocomposição. Autotutela A autotutela ocorre quando o próprio sujeito busca afirmar,unilateralmente, seu interesse, impondo-o (e impondo-se) à parte contestante e à própria comunidade que o cerca. De certo modo, a autotutela permite o exercício de coerção por um particular, em defesa de seus interesses. Contemporaneamente, a cultura ocidental tem restringido, ao máximo, as formas de exercício da autotutela, transferindo ao aparelho do Estado as diversas e principais modalidades de…

entre três sujeitos, o signo, o objeto e o interpretante. Desta forma, Colapietro distingüe, segundo Peirce, duas espécies de relações; uma, diádica, que se refere a uma reação, ou ação de força bruta, ou seja, um em reação contrária a outro, e, outra, triádica, contando com a mediação de um signo. Com isto, chega-se a uma posição de Peirce na qual este se refere ao signo, enquanto um mediador nas relações de representação e compreensão da realidade, não como expressão da mente, mas…