A Invenc A O Do Cotidiano Michel De Certeau 1

objetividade das institui~6es do saber, por sublinhar 0 peso das dependencias e das conivencias hierarquicas e, enfim, por colocar em duvida modelos recebidos que fazem a fama da escola francesa de hist6ria. Logo 0 censurarao por dar a primazia a escrita em detrimento da apreensao do "real" de que 0 historiador quer dar uma descri~ao "verdadeira". Nao se interessa demais pela leitura semiotica ou psicanalitica das situa~6es e dos textos, coisa estranha ao born metodo historico e que danificam 0 ideal (sagrado) de fixa~ao a partir do arquivo, de acumula~ao de uma (impossive!) documenta~ao exaustiva? Censuras repetidas, censuras injustas e que se irritam por serem tais, pois em nenhum dos pontos em litigio consegue-se ve-Io falhar na sua pratica profissional. Assim Emmanuel Le Roy Ladurie deixa transparecer seu embara~o e irritar;ao corporativa diante da releitura brilhante (demais?) do caso de Loudun sob Richelieu: "para Michel de Certeau, teologo e historiador, 0 diabo se acha em toda a parte, salvo no lugar exato onde os car;adores de bruxas julgaram te-Io detectado". Certeau "sabe fazer 0 jogo de todas as palavras e assumir sucessivamente todas as linguagens. Ele e sucessivamente historiador da medicina e da sociedade, teologo, psicanalista, quantificador, discipulo de Freud ou Foucault"; "nunca baixa a guarda. Mantem-se indecifravel. Apresentando esta astuciosa Possession de Loudun, Michel de Certeau escreveu portanto 0 livro mais diab6lico do ano".3 Pelo leque de…

na verdade, características da jurisdição. Não se tratava de normas-princípio que regulavam o exer­ cício da jurisdição. No capítulo sobre a Teoria da Ação, criei dois itens novos: um dedicado à demonstração do conteúdo complexo do direito de ação e outro cujo propósito é apresentar as d i stinções entre os conceitos d e ação, direito de ação, proced imento e direito afirmado. Ainda no capítulo sobre o direito de ação, aperfeiçoei o item dedicado à ação meramente declara­ tória, com o…