“A ANTIGUIDADE TARDIA” DE PETER BROWN; PROCESSOS E TRANSIÇÕES

2541 palavras 11 páginas
FACULDADE DE HISTÓRIA – Universidade FMU / Disciplina: Leitura e Produção de Texto / 1º Semestre, diurno /Aluno: XXXXXXXXXXXXXXXXXX

“A ANTIGUIDADE TARDIA” DE PETER BROWN; PROCESSOS E TRANSIÇÕES
Em Antiguidade Tardia, o historiador irlandês Peter Brown nos conduz através das maiores transformações de mentalidade ocorridas na passagem entre o mundo antigo clássico e a nova realidade do cristianismo, estofo espiritual e ideológico da Idade Média. O autor nos mostrará como ao longo dos quatro séculos entre o reinado de Marco Aurélio (161-180) e o de Justiniano (527-565), o cristianismo ressignifica todas as esferas do mundo mediterrâneo; o corpo, as relações sociais, o espaço.
Partimos dessas cidades brilhantemente autônomas da Antiguidade, dominadas por uma “intensa consciência de sua posição perante as cidades vizinhas semelhantes:” (Brown acrescenta: “‘Mamãe, as outras cidades têm uma lua tão grande como a nossa?’, pergunta um menino num livro cômico do século III”), governadas por uma elite que acreditava num abismo instransponível entre bem nascidos e inferiores. A educação e a cultura eram o instrumento que marcava, claramente, a diferença entre esses; a assimilação dos clássicos literários era vista como parte de uma educação moral, junto ao aprendizado dos “ofícios da vida”; e um controle rigoroso da linguagem, até mesmo da linguagem corporal e da respiração, eram o traço do homem bem nascido. Daí a preocupação com a possibilidade de “contágio moral” pelo contato com tudo o que fosse a ele inferior (situações, atividades, relações). O corpo, “sede fisiológica do código moral”, traz, mais que a vestimenta, os códigos distintivos dos bem nascidos, e isso é parte da tranquila relação com a nudez. O sexo, homossexual ou heterossexual, apenas será vergonhoso se colocar o superior em situação inferiorizada, na posição passiva em relação com homem inferior, por exemplo; “medo da efeminação ou da dependência emocional”, mais que a crença de que o próprio sexo

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