“TU, SÓ TU, PURO AMOR”, INÊS DE CASTRO EM “OS LUSÍADAS” (CANTO III, ESTROFES 118-135)
CENTRO DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
DEPARTAMENTO DE LÍNGUA E LITERATURA VERNÁCULAS
Trabalho sobre literatura portuguesa. Análise do Canto III que fala do caso de Inês de Castro.
Sidney Piazza Borges
“TU, SÓ TU, PURO AMOR”, INÊS DE CASTRO EM “OS LUSÍADAS” (CANTO III, ESTROFES 118-135)
O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.
Carlos Drummond de Andrade
Era uma vez eu no meio da vida
Essa vida assim, tanto mar, tanto mar
Coisa de doce e de sal
Essa vida assim, tanto mar, tanto mar
Sempre o mar, cores indo
Do verde mais verde ao anil mais anil Cores do sol e da chuva Do sol e do vento, do sol e o luar[...] Mar, amar, amor Se é dor quero o mar dessa dor...
Gonzaguinha
O objetivo deste trabalho é analisar duas estrofes do Canto III de Os Lusíadas de Luís de Camões, as estrofes escolhidas foram as de números 132 e 134 e fazem parte da história de Inês de Castro, quando Vasco da Gama conta ao rei de Melinde a história portuguesa medieval. O Gama narra a infeliz história de Inês de Castro, ocorrido no reinado de Afonso IV, pai do príncipe D. Pedro. Sendo este viúvo de D. Constança, D. Pedro se apaixona por Inês de Castro, e deste relacionamento nascem três filhos. O que para os amantes era o mais puro amor, para a corte portuguesa era um sinal de perigo. Devido às relações próximas de Inês de Castro com a corte de Castilla, criou-se o medo de que essa proximidade viesse a interferir na sucessão do trono português em favor do filho legítimo de D. Pedro e D. Constança, D. Fernando. Incitado por seus conselheiros D. Afonso IV manda degolar Inês de Castro, que viria a tornar-se rainha depois de morta, quando D. Pedro assume a regência.
Tantas histórias de amor para contar, “tanto mar, tanto mar...”. Nossos poetas