ópera do malandro uma análise antropológica

2936 palavras 12 páginas
Universidade federal do Estado do Rio de Janeiro
Disciplina: Folclore Brasileiro
Aluno(as): Alberto Americano Fairbairn
Beatriz Costa Galhardo
Daidrê Thomas
Ingrid Constantino de Souza
Juliana Brisson
Marjory Leonardo

ANÁLISE ANTROPOLÓGICA SOBRE A ÓPERA DO MALANDRO

Introdução:
Este estudo tem como objeto investigar no campo da dramaturgia brasileira, elementos que evidenciem ou possibilitem a análise de questões antropológicas, que dizem respeito às particularidades de um determinado tipo de sociedade e que se fazem presentes apenas no Brasil. Para tanto, o grupo escolheu estabelecer um processo investigativo da obra “Ópera do Malandro”, escrita por Chio Buarque, em 1978.
Chico Buarque é um importante músico, dramaturgo e escritor do cenário cultural brasileiro. Sua carreira despontou durante meados da década de 60, quando o Brasil estava começando a viver o que seria um longo período de uma ditadura militar. Chico sempre foi uma voz politicamente ativa e muitas vezes utilizou sua arte para questionar o regime vigente. Por esse motivo, durante os “anos de chumbo”, (período onde a censura militar mais perseguia os artistas que se manifestassem contrários ao governo) acabou por se auto exilar na Itália, em 1969.
Ao voltar do exílio, Chico Buarque retoma seus trabalhos, muitas vezes fazendo uso de pseudônimos para driblar a censura, se tornando um dos artistas mais ativos na crítica política e na luta pela democratização no país, em 1970.
A “Ópera do malandro” é escrita nesse contexto sociológico e histórico. Nela podemos ver claramente elementos das obras: ”Ópera do Mendigo”, de John Gay (1727), e “Ópera dos Três Vinténs”, de Bertold Brecht (1928). Cujos textos e teorias (no caso de Brecht) influenciaram muito na concepção da obra Buarquiana, justamente por se tratar de questionamentos de classes e questões que se apresentam, muitas vezes, como inerentes ao ser humano; mas que são apenas construções históricas, sociológicas e

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