ética

Ao convidar Andréia Maria Correia Nunes, professora de direito civil, para uma entrevista a respeito da ética na atualidade, da relação ética durante sua educação ou formação e de como o cidadão defende seus direitos, pode-se enriquecer e entender sobre o que é ser um profissional da área de direito e ter que lidar com pessoas que não estão sempre dispostas a colaborar para que se estabeleça a ética no âmbito social e profissional.
Ao questiona-la sobre a ética na atualidade, tive como resposta o desânimo de uma profissional que trabalha a oito anos tentando passar seus conhecimentos e que acompanha a evolução, ou como ela mesma citou a decadência da ética na sociedade. Ela afirma que à medida que o tempo passa as pessoas tornam-se cada vez mais antiéticas.
No decorrer da conversa, ao falar sobre a relação ética na sua educação e formação, critica e uma faz uma proposição em torno da questão educacional. A crítica denuncia a consensual concepção que atribui aos processos escolares atuais os fins e meios de toda a Educação. Acentua que tal concepção articula a visão pragmática e utilitária predominante na ordem política e social do mundo moderno ao papel atribuído à educação escolar de preparar os educandos para o exercício da cidadania.
Andréia salienta ainda, que esse processo inclui a aquisição de produtos que fazem parte da herança civilizatória e que concorreram para que os limites da natureza sejam transpostos. Entre eles se colocam os conhecimentos racionais que promoveram o desenvolvimento científico e cultural da humanidade, e a consciência de que o ser humano é o próprio produtor das condições de reprodução de sua vida e das formas sociais de sua organização e devem ser orientadas pelos princípios da solidariedade, do reconhecimento do valor das individualidades, respeito às diferenças, e pela disciplina das vontades.
Ao incitar que a falta de ética é também estimulada pelo próprio cidadão que não sabe lutar pelos seus direitos, havendo assim uma