Ética a nicomaco

Aristóteles em seu livro “Ética a Nicomaco” demonstra o seu caráter Teleológico – Ciência que estuda o fim das coisas. O filosofo em seu livro garante a toda ação um fim, seja ela extrínseca ou intrínseca à ação. Por exemplo, podemos nadar todos os dias para nos aperfeiçoar, nadamos para nadar melhor. Tal ação possui como fim ela mesma, nadar resulta em nadar melhor, treinar. Também podemos nadar para ganhar um campeonato. Nesse exemplo a ação não possui como fim nadar melhor, mas sim outra coisa que não se encontra dentro da própria ação, que seria no caso ser um campeão. O grego garante uma hierarquização das ações, onde ações que possui fim nelas mesmas são menos nobres do que aquelas que possui um fim em outra coisa. Só há a necessidade de uma reflexão para entender tal pensamento. É mais nobre treinar ou ganhar o campeonato?
Em seu livro Aristóteles demonstra que uma vida representa uma sequencia de ações que visam diversos fins. Estudamos para entrar na faculdade, entramos na faculdade para ter um bom trabalho, possuímos um bom trabalho para possuir uma boa remuneração, possuímos uma boa remuneração para comprar um carro, compramos um carro para poder viajar, viajamos para poder descansar, e assim por diante. Porém é possível indagar, será que essas ações tendem ao o infinito ou possuem um verdadeiro fim?
Para o filosofo em questão todas as ações possuem um fim em comum, algo final. Pois se não todas ações tenderiam ao infinito. Para o filosofo o homem encontra a sua plenitude quando atinge a felicidade, a causa final, eudaimonia, Sumo bem – são todos sinônimos. Porém não são todos que podem atingir tal causa final. Como então pode alguém ser feliz?
A felicidade é atingida por diversas ações que vão fazendo o individuo se aproximar da sua causa final. Porém não são qualquer tipos de atos, são aqueles guiados pela razão moral( faculdade moral). Essa razão é aprimorada, e quanto mais aprimorada mais apto o indivíduo está para alcançar a felicidade.