O f.o.m.o e a sociedade

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FEAR OF MISSING OUT (F.O.M.O)

O chamado “medo de estar fora” (FOMO) não é uma tendência recente. Na verdade, essa síndrome está presente na humanidade desde seus primórdios. O homem não consegue suportar a ideia de ficar a margem das tendências socioculturais. Porém, o advento da internet acentuou esse comportamento. Atualmente as pessoas se não tomarem sua dose diária “conhecimento” se sentem exclusas das rodas sociais, todo tipo de informação é necessária. O problema é que as que são ditas essenciais são extremamente banais ou frívolas. A internet com sua infinidade de blogs, portais de notícias, redes sociais e vlogs somente acentua a exclusão de quem não estiver “por dentro” das novidades.

Existe um paralelo perceptível entre o FOMO e o conceito de coerção social do sociólogo Émile Durkheim. Não somos obrigados a saber todo instante sobre as informações que circulam pela internet, mas nos sentimos como se fosse obrigatório e indispensável. Exemplo, eu não sou obrigado a saber o que ocorreu no Big Brother no dia anterior, mas provavelmente se não o fizer ficarei “por fora” e logo me sinto obrigado a obter essa informação. Esse fenômeno atinge em massa os jovens devido ao eterno medo de exclusão dos mesmos. Eles sempre procuram fazer parte de um todo e se isso não é realizado, perturba suas mentes. Mas por que nos sentimos assim já que não a nada que nos obrigue a ficar a par de assuntos tão frívolos e estúpidos? Talvez, seja algo próprio da condição humana ter medo de sentir-se rejeitado pelos seus semelhantes e assim nos tornamos escravos dessa necessidade patética do sentimento de inclusão. Temos medo de quando checarmos uma rede social não estarmos inclusos em planos de amigos, de ver pessoas fazendo coisas mais divertidas do que nós, descobrirmos um novo “point” e não podermos ir, etc. Contudo, nenhum lugar diz que devemos ir ao novo “point” ou fazer coisas mais divertidas que os outros, mas o fazemos com medo da reprovação alheia.

Vamos

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