O transporte como problema

O TRANSPORTE COMO PROBLEMA

O crescimento desordenado das cidades tem gerado problemas no sistema de transporte, não só nas cidades brasileiras, como em todas as cidades do mundo.
A frota mundial de veículos já ultrapassou um bilhão de unidades, em 2007. Calcula-se a existência de um carro para cada grupo de seis pessoas, em escala mundial.

O sistema de transporte é o principal causador da poluição atmosférica urbana. Responde por 23% das emissões globais de gases de efeito estufa relacionadas com energia e por 70% da poluição do ar nas grandes cidades.

Estudos da USP e da OMG (Organização Mundial da Saúde) têm apresentado as consequências da poluição do ar, e os resultados não poderiam ser mais surpreendentes, tais como a redução no nascimento de crianças do sexo masculino, o aumento na ocorrência de abortos espontâneos, a perda crescente do olfato dos habitantes das cidades e mais de dois milhões de mortes prematuras a cada ano.
As mortes por acidentes de transito também têm sido assustadoras. Acredita-se que 40 mil pessoas morrem no trânsito todos os anos - são mais de 80 pessoas por dia, ou 1 pessoa a cada 18 minutos. O acidente de trânsito é o segundo maior problema da saúde pública do Brasil, perdendo apenas para a desnutrição e a terceira causa de morte do país, ficando atrás das doenças do coração e do câncer.
O transporte também vem somando prejuízos econômicos às grandes cidades, como o custo de oportunidade, que refere-se ao que se deixa de fazer por estar parado no trânsito, relativo ao trabalho ou lazer, e o custo pecuniário que está diretamente ligado aos congestionamentos: adicional de combustível, custo da saúde pública e custo adicional do transporte de carga e o alto custo de manutenção e duplicação das vias.
Outro problema comum nas cidades é o intenso congestionamento. Os tempos de deslocamento entre origem-destino vêm crescendo ano a ano. Quanto mais congestionamentos, mais emissão de gases de efeito estufa, mais poluição e