O Stress do Profissional de Direito
Os dias dos profissionais de direito são caracterizados, pela agitação, pela passagem rápida do tempo, pelo acúmulo de serviços, pela necessidade diuturna de atualização das informações, pela exigência cada vez maior de qualidade do trabalho por parte dos clientes, pela diversidade de temas jurídicos a serem enfrentados no dia a dia do direito, pela grande responsabilidade na prestação dos serviços profissionais; pela preocupação com a criação dos filhos, etc. Todas essas demandas e outras mais levam o profissional do Direito, quase sempre ao stress. A atividade judicante encontra-se entre as mais conceituadas e respeitadas universalmente, más ao mesmo tempo, ela envolve uma responsabilidade de grande monta pelo seu impacto na sociedade no geral e uma solidão pronunciada que envolve o ato de julgar. O próprio ato de julgar já foi identificado por Rogers e colaboradores (1991) como um estressor de grande impacto. O stress pode ser definido como uma reação muito complexa, composta de alterações psicofisiológicas que ocorrem quando o individuo é forçado a enfrentar situações que ultrapassam sua habilidade de enfrentamento (Lipp, 1997). O stress pode produzir efeitos negativos como a fadiga, tensão muscular que podem aparecer não só quando ocorre uma experiência trágica, como a morte de algum amigo ou parente, más também em outras situações diversas, como mudanças de emprego, trabalho com excesso de tarefas que devem ser realizadas em curto espaço de tempo, pressão constante no trabalho, exigências ocupacionais exageradas e outros fatores. (Everly, 1995). A natureza do estressor pode ser negativa, como perdas ou dificuldades familiares ou positiva, como um reconhecimento profissional, um aumento salarial, conforme mencionado por Selye (1956). O que determina se sintomas de stress vão ocorrer é a capacidade do organismo de atender as exigências do momento, independente desta serem de