o sintoma ou a fala

1219 palavras 5 páginas
O Sintoma ou a fala Freud mostrou a importância dos primeiros anos de vida no ser humano. A criança deve passar por conflitos que lhe são necessários. São conflitos identificatórios, e não conflitos com o real; e se o mundo exterior é sentido pela criança, como benévolo ou hostil, sabemos que não se trata de uma situação biológica ou animal, de “luta pela vida”, mas de uma situação imaginária que deve pouco a pouco simbolizar-se. Nas relações com os pais, a criança deve aprender a abandonar uma situação dual (de fascinação imaginária) para introduzir-se em uma ordem ternária – ou seja, estruturar Édipo, o que não se pode fazer se não pela sua entrada na ordem da linguagem. Observações feitas por Françoise Dolto sobre crianças normais de 20 meses vitimas de uma tensão emocional aguda quando do nascimento de um irmãozinho, nos mostram a que ponto o adulto é parte integrante no conflito. O que a criança em desamparo (por perda busca de toda marca identificatória) demanda é a palavra justa a palavra – mestre que ela invoca em estado de crise, para que através dela um domínio possa ser conquistado: a criança reclama o direito de compreender o que lhe ocorre de absurdo nessas suas reações agressivas. O adulto raramente observa, ele censura uma intenção quando a criança apresenta um comportamento a ser decifrado. Não podendo ler seu sentido, o adulto deixa, então, a criança imoralizada com um desejo de conhecimento (de palavra) que suas reivindicações ou revoltas camuflavam. No caso de Jean, a autora nos relata as reações da criança durante os 21 dias que se seguiram ao nascimento do irmãozinho. Temos uma confusão que se expressa pela incontinência e gagueira: Vemos os sintomas desaparecerem a medida que se expressam a hostilidade e o ciúme. O gaguejar cede após a criança ter colocado na cama da empregada uma boneca chamada Guicha (nome do irmão); lincha essa boneca diante da mãe, tornando-a assim cúmplice do assassinato (simbólico) do irmão que veio tomar-lhe o

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