O Segundo PND
O segundo PND foi lançado em 1974, com o objetivo principal de consolidar o processo de substituição de importações no Brasil. O II PND pretendia manter altas taxas de crescimento econômico e manter o equilíbrio no balanço de pagamentos, através de superávits na conta de capital capazes de financiar os déficits em conta corrente esperados. Em contexto internacional, houve o primeiro choque do petróleo, em 1973; a desvalorização do dólar, devido aos gastos militares norte-americanos associados à guerra do Vietnã e demasiada expansão do crédito bancário, favorecendo o comércio internacional. Pode-se dizer que, devido ao II PND, o Brasil se saiu relativamente bem após o primeiro choque do petróleo. Para isso, o Plano adotou políticas de investimento ao invés de ajustamento, obtendo uma resposta positiva, embora tenha acarretado no retorno da inflação, que atrapalharia a política de crescimento. Houve acumulação da dívida externa e, internamente, desestruturação do setor público. Tudo isso pode estar relacionado aos erros de diagnóstico do plano, assim como o uso pequeno e lentamente gradual dos instrumentos de política Assistindo um quadro econômico pós-choque, aonde as únicas alternativas seria sacrificar o consumo para alcançar o nível anterior de investimento e investir demasiadamente para alcançar a taxa de crescimento que antes vigorava, o governo brasileiro ou teria que desvalorizar o câmbio e alterar os preços relativos ou então ajustar também os preços relativos, mas de uma forma mais gradual e equibiladra, mas também mais lenta, com a ajuda de financiamento externo. Obviamente, ao alterar os preços relativos desvalorizando o câmbio, haveria recessão e talvez até mesmo de uma maneira prolongada. Já na segunda opção, existia o risco de inflação, já que o ajuste recessivo seria rejeitado, dificultando o controle de demanda. Com uma política de curto prazo, Geisel decidiu despressionar os