o quinto mandamento

Prefácio

Suzane, a filha do casal assassinado Marísia Von Richthon eManfrend Von Richthofenteve o privilegio de nascer no berço de uma família de classe média alta, falava várias línguas, e estudou num dos melhores colégios de São Paulo. Fazia Direito na PUC SP e foi retratada por um dos professores como inteligente e aplicada. Tinha pais que amavam,que levavam para a escola e, dando o melhor de si. Não era omisso. E esses pais, que foram vitimados da forma mais brutal que se possa imaginar. Os laudos do Instituto Médico Legal diziam que as vítimas tiveram uma morte agônica, e sofrida.
Segunda a autora, este livro é de uma leitura obrigatória não apenas para os profissionais atuantes na área penal ou para os estudantes de direito, mas para todos os que quiserem penetrar nas estranhas de crime perverso e nos fatos circundantes que vão da cobiça ao relacionamento familiar.
O caso retratado neste livro, para além da crueldade dosassassinos, nos remete ao tipo de sociedade que estamos construindo. Se honrar o pai e a mãe é um dos mandamentos bíblicos, respeitá-los é algo que está impresso na memória coletiva da humanidade em diferentes épocas e latitudes.

Prólogo

Suzane tinha o perfil clássico da filha que todos gostariam de ter, loira, bonita, estudante de Direito, boa aluna, culta, filha de pais bem-sucedidos. A mãe era psiquiatra e psicanalista, portanto medica especializada em mentes humanas. Para a acusação, não interessa que ela seja semi-imputável. Para a defesa, não interessa que ela seja “normal”. Para a família, ela já não interessa mais, depois da tragédia e dor que causou a seus próximos. Manfred e Marísia Von Richthon eram pais que queriam dar do bom e do melhor para os filhos, que faziam as mesmas intervenções que nós, que aplicavam os mesmos limites que a maioria, que foram contra um namoro de adolescentes, como é tão comum acontecer vida afora.

Crime

O crime aconteceu na noite de 30 de Outubro de 2002, no bairro paulistano de