O que é literatura

O livro “O que é literatura”, da autora Marisa Lajolo, busca durante toda sua extensão nos mostrar os diferentes conceitos a respeito do que é literatura. A autora começa sua obra citando dois pensadores: o sociólogo Marshal McLuhan e o professor Vítor Manuel de Aguiar e Silva. Para McLuhan os escritores são “os últimos sobreviventes em vias de extinção”, pois, “já não serve para nada escrever e publicar livros”. Por outro lado, está Vítor Manuel contrapondo a atividade com uma manifestação artística. Nesta posição, ela nos explica que os dois autores são intelectuais e por isso assumem uma posição culta. No entanto, as perguntas e as respostas sobre o que é literatura vão muito além de qualquer intelectualismo. Logo, as perguntas são infinitas e as respostas são temporárias.
“Será que é errado dizer que literatura é aquilo que cada um de nós considera literatura?” A autora faz algumas considerações sobre o termo, assim como sua importância como formadora da sociedade. Questiona se é literatura algum poema adormecido em gavetas e pastas pelo mundo a fora. Se literatura é um conto, história de bruxas, peças de teatro outextos pintados a spray nos muros e edifícios. Dai nos perguntamos: “Será que tudo isso é literatura?”. “A resposta é simples. Tudo isso é, não é e pode ser que seja literatura. Depende do ponto de vista, do sentido que a palavra tem para cada um, da situação na qual se discute o que é literatura.”
Toda obra literária é um objeto social. E para que isso ocorra, é preciso que haja a relação entre o autor, a obra, e nós leitores, ou seja, ela só existe enquanto obra apenas neste intercâmbio social. Embora um texto precise dessa permutação para ser considerada literatura, não podemos interpretá-la apenas por essa relação. É preciso algo mais do que apenas o trânsito entre o autor e um leitor.
O que se entende por obras “clássicas”? São obras inicialmente produzidas em algum lugar no período da tradição literária, por velhos autores da Grécia, da Roma