a identidade cultural na pós-modernidade

A identidade mercurial.
Leonan Henrique Silva Matias.
O livro “A noção de cultura nas ciências sócias” foi escrito por Denis Cuche e publicado em 1996. Nesta obra Cuche aborda temas como a identidade e a formação social, ele também aborda concepções de identidade para diversos filósofos como Van den Berghe, Geetz, Barth e Galissot. Para Cuche as ciências sócias buscam um conceito científico de cultura.
Cuche fala que a identidade é mercurial e que ela se modifica a todo tempo. No mundo contemporâneo essa identidade se modifica com mais clareza, essa identidade social não se caracteriza pelo indivíduo e sim pelo grupo. O conceito de identidade cultural se caracteriza por sua polissemia e sua fluidez, se alguns valores e costumes são praticados em determinado grupo, ele pode mudar com o passar do tempo e com contatos com outras culturas e grupos sociais. A partir desse pensamento de Cuche, surge a famosa frase: O que nus unifica são as adversidades.
O livro “A noção de cultura nas ciências sociais”, aponta a concepção de identidade para três pensadores. Pra Van der Berg a identidade é estática, o pensamento dele é um pensamento objetivo, que a identidade cultural não muda. Já para Stuart Hall o autor do livro “A identidade cultural” a identidade é social e coletiva. Para Geetz a ela esta sempre em transformação.
Cuche em seu livro cita a diferença entre identidade e identificação, segundo ele identidade recebe-se como herança dos pais, portanto é genética é algo que não pode ser mudado, já a identificação o individuo vê na sociedade ou em outro campo e escolhe e adota para se essas culturas.
Para Cuche a tendência dos estados modernos é a mono-identificação, com isso fica mais fácil o controle da população e suas ideologias. A ideologia nacionalista é uma ideologia de exclusão das diferenças culturais. Renato Russo na música perfeição cita que o problema do Brasil é que nos somos um estado, mas não uma nação.
Cuche coloca muito bem em seu livro o conceito