O público e o privado na gestão pública - Tarefa 1 - Semana 2
Dasso Júnior considera que a abordagem de Bresser Pereira é ultraliberal e exclusivamente economicista, visto que vê o Estado como um agente do mercado e por esta razão, pode e deve ser otimizado: através da redução de custos, otimização do fator humano, da diminuição de empresas públicas, entre outras ações que foram tomadas durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.
No entanto, Bresser Pereira descreve a sua trajetória como gestor do Ministério da Administração Federal e da Reforma do Estado, como uma história de grande sucesso, inclusive internacional, visto que pela sua obstinação, articulou arranjos políticos e desenvolveu, juntamente com a sua comissão, as emendas constitucionais destinadas reformar o Estado, a chamada de reforma administrativa, ou ainda, de reforma gerencial da administração pública brasileira, lançada em 1995.
Os dois autores concordam que não havia uma demanda social real (somente oculta - segundo Bresser) que justificasse o encaminhamento da referida reforma e como relata o texto de Bresser Pereira, este tema não fora relevante durante a campanha presidencial de 1994. Contudo, para o ex-ministro, após a segunda metade dos anos 80, havia um consenso da necessidade das privações das empresas estatais competitivas, bem como, de se reafirmar algumas idéias da reforma realizada por Getúlio Vargas, em 1937. O ex-ministro porém, não descreve quem detinha este consenso. A democracia brasileira, para ele, era vista como nova e incompleta por ser marcada pelo elitismo e pela falta de responsabilização. Porém, complementa que apesar de nova, a democracia brasileira é uma verdadeira democracia e que: "...as grandes mudanças políticas só podem ocorrer com o apoio da opinião pública." Apoio este legitimado pelo voto que reelegeu o presidente FHC. Assim, seu ministério empreendeu em busca do apoio popular, realizando conferencias no Brasil inteiro e contando com a