O nascimento da filosofia entre os gregos

O Nascimento da filosofia entre os gregos

O século VI a.C revela-nos um conjunto de fatores que contribuiriam decisivamente para o despertar de uma nova inclinação entre os gregos, a partir da qual tenderiam, cada vez mais, a buscar uma explicação para os fenômenos naturais a partir do exercício de um pensamento racional, que procura, na própria natureza, e não mais fora dela, a chave para a explicação de seus fenômenos. Em princípio, poderíamos apontar então quatro acontecimentos principais: (a) o contato do grego com outras culturas e, consequentemente, com outras mitologias, levando-o à relativização dos seus próprios mitos; (b) o programa de expansão marítima, responsável por revelar aos gregos outra realidade distinta daquela descrita pelas narrativas míticas; (c) a migração de uma parcela da aristocracia para o campo, passando a exercer uma contemplação da physis (d) e a criação de centros laicos, dentro dos quais exercia-se, portanto, um pensamento destituído de religiosidade.
Tal contexto do século VI a.C se torna, então, decisivo para o aparecimento de um novo estilo de pensamento entre os gregos: o pensamento filosófico-científico (ou lógico-racional). Se no pensamento mítico os fenômenos eram invariavelmente explicados pela vontade dos deuses, portanto, pelo recurso ao religioso, ao mágico, ao sobrenatural, com essa nova forma de pensar, nascia entre os gregos a convicção de que a chave para a explicação dos fenômenos da natureza encontrava-se na própria natureza encontrava-se na própria natureza. Faz parte desse novo estilo de pensamento alguns conceitos principais que, articulados uns aos outros, permite-nos perceber, de forma privilegiada, a marca inconfundível do pensamento filosófico, então nascente entre os gregos, os primeiros filósofos manifestam claramente um interesse pela physis (donde vem o nosso termo física).

Trabalho De Filosofia

E.E.E.F.M. Barão de Igarapé Miri
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