O meu amig

O meu amigo

Andreia Teixeira

Era tempo de ir para a guerra, ele despediu-se da mulher e do seu pequeno filho, abraçou-os com muita força, como se nunca mais os voltasse a ver. Estava quase na hora de partirmos, quando se vira para a sua querida e adorada esposa e lhe diz:
-Amo-te meu amor, foste a melhor coisa que Deus me podia ter dado, e se não nos voltarmos a ver eu quero que saibas que eu nunca te irei esquecer e que mesmo que não volte para casa, estarás sempre aqui!- disse ele pondo a mão dela no seu coração.
-Meu amor, eu tenho a certeza que Deus lá em cima está a ver de ti e não te deixará ir assim, deixando o teu filho sozinho, sem pai. Por isso volta por favor! Também te amo meu amor.- disse ela com as lágrimas a saírem-lhe pelos olhos.
-E tu meu grandalhão!- disse ele, pegando no seu filho, pequeno e inocente!- Cuida bem da tua mãe, ouviste? Não a deixes chorar nem nada. E vê-la quando a tua irmãzinha que está para vir, estiver a perguntar pelo pai, diz-lhe que o pai foi numa viagem grande, mas tão grande que só chega amanhã, diz-lhe isso todos os dias sim?- disse-lhe ele abraçando-o com tal força que lágrimas foram deitadas por ele e pela sua mulher, e o seu filho pequenino, também chora ao ver a mãe a chorar, mas antes do pai ir diz-lhe:
-Papá, este é o meu amigo, o Trombinhas, ele diz que quer ir contigo, assim tu nunca te vais esquecer de mim e da mamã.- o pai ao ouvir isto começa a chorar e pega no boneco, pondo-o na sua mochila.
-Todos para dentro do navio, rápido que temos uma guerra para travar!- disse o capitão com o seu ar de mauzão, com barba grande e cabelo cinzento.
-Bem meu amor tenho de ir! Eu prometo que irei vir! Amo-te, és o meu paraíso!- disse ele a chorar, sabendo que a sua promessa podia muito bem não ser cumprida.
-Boa viagem! Também te amo meu amor!- disse ela não conseguindo conter as lágrimas.
Eu, bem eu era solteiro, já me tinha despedido da minha família e só ia para a guerra como enfermeiro,