O Levante Paulista

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O Levante Paulista
A trama de um conflito
Em 1707 Inicia-se a articulação de um plano ambicioso liderado por D. Fernando Martins Mascarenhas de Lancastre, deflagrando um dos levantes mais graves da América Portuguesa.
Em 1701 o governador Artur de Sá de Menezes baixou medidas de regularização do abastecimento de carnes da zona mineradora. Existia um contrato de carnes onde dava ao arrematador, naquela época Francisco do Amaral Gurgel, todo o monopólio de corte de carne da região, um dos negócios mais vantajosos da época, pois a carne era a base de alimentação dos brancos e ricos. Em 1706 esse contrato encerrou-se, porém Amaral Gurgel favorecia-se deste contrato devido ao acumulo de fortuna gerado por este negócio.
Com indícios de alianças ilícitas entre o governador D. Fernando de Lancastre e frei Francisco de Menezes, os conselheiros régios, observaram que a presença de frades e religiosos nas regiões mineradoras era de interesses de seus governadores.
O arremate de contrato das carnes ocorreu como um jogo de cartas marcadas, o então Amaral Gurgel, uniu-se ao frei Francisco, cujo estes já tinham em sociedade os contratos de aguardente e fumo. Para o historiador Diogo de Vasconcelos, ambos estavam associados a grandes empresas de criação de gados e contavam com a sociedade dos freis Firmo e Conrado e Pascoal Moreira Guimarães, para diminuir as suspeitas chamaram para a sociedade Salvador Viana da Rocha, um português testa de ferro que naquela época era escrivão da casa da moeda.
Então em 1708 o governador D. Fernando envia ao rei a carta com informações do novo contrato das carnes que vigoraria por três anos, e o arrematante então era Salvador Viana da Rocha, os comissários aprovaram o contrato sob “as armas” dos seus arrematadores. A população se rebelou. Rebelião esta encabeçada pelos paulistas Domingos da Silva Monteiro e Bartolomeu Bueno Feio. Esses obrigaram a retirada de Amaral Gurgel do negócio. Por fim, nomearam como procuradores Julio Cesar Moreira e

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