O Homem E O Ambiente

O Homem e o Ambiente Alexandre Faria TMP 10.14 Desde os anos 80, que a população portuguesa tem vindo a substituir a dieta mediterrânea, rica em proteínas vegetais (leguminosas, cereais pouco refinados e alguns frutos de casca dura por uma dieta americanizada, rica em proteínas de origem animal. Como consequência o consumo de leguminosas, caiu a pique levando a que algumas entrassem em vias de extinção (ex.: chícharo), conduzindo também à perda da fertilidade dos nossos solos, já que estas são plantas nitrificantes, ou seja, conseguem aumentar a quantidade de azoto fixado no solo.

O fim da Agropecuária Antigamente a maior parte das pessoas eram simultaneamente agricultoras (ou no mínimo hortelãs) e criadoras de animais (nem que fossem uma galinhas nas traseiras). Para além da autossuficiência alimentar, o problema da gestão de resíduos estava resolvido. Restos de comida e de produção agrícola eram dados aos animais, poupando em ração, e a fezes e outros resíduos agrícolas eram espalhados pelos campos ou depositados em estrumeiras (agora têm o nome de pilhas de compostagem). Este sistema tradicional permitiu a subsistência de famílias até ao momento em que Portugal se começou a desenvolver economicamente. E se por um lado, o êxodo rural e a descolonização levaram a que os melhores solos agrícolas fossem ocupados (as grandes cidades só se desenvolvem em áreas férteis ex.: Porto, Lisboa, Coimbra e Faro), por outro lado, o facto de as pessoas passarem a viver em apartamentos e o snobismo, também não ajudaram a preservar o nosso sistema de produção alimentar que era ecologicamente sustentável.
Ascensão da Agricultura Química Devido à elevada quantidade de produtos agrícolas que nós temos necessidade e devido à separação da agricultura da pecuária, tivemos a necessidade de recorrer à utilização de fertilizantes químicos em larga escala. Esta necessidade, deu-se em parte devido às normas de calibragem de produtos