O FILÓSOFO, O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL NO FÉDON

3025 palavras 13 páginas
O FILÓSOFO, O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL NO
FÉDON.

RESUMO:
O escopo deste trabalho é abordar o percurso ético-cognitivo necessário para a efetivação do papel do filósofo presente no Fédon, um dos diálogos mais famosos de
Platão, levando em consideração novas concepções decorrentes de um já conhecido embate hermenêutico proveniente do altíssimo quilate literário do texto referido. Na presente abordagem, o sensível não ocupa um local pejorativamente secundário e diminuto, constituído de cópias imperfeitas e fonte de enganos, passando, com isso, a exercer uma função de relevância fundamental na construção da filosofia platônica, sendo, portanto, o âmbito da efetivação do exame e do exercício dialético. Aqui, nossa intenção é abordar tal concepção, que engloba tanto o plano sensível quanto o inteligível, fazendo, desta maneira, necessária alusão à incessante busca dialética socrático-platônica, onde a práxis e a conduta ética do indivíduo são fatores imprescindíveis para que ocorra o importantíssimo salto epistêmico rumo a um conhecimento mais verdadeiro e essencial que constituirá o verdadeiro caráter do amante da sabedoria.
PALAVRAS-CHAVE: Platão; Filosofia Clássica; Fédon

Introdução
Não podemos expor o papel fundamental do filósofo sem avaliarmos a problemática referente ao corpo e ao sensível. No entanto, de acordo com esse viés, sempre tentaremos nos desembaraçar da teia que surge como percalço ao imanente em detrimento da interpretação que promulga o transcendente como o suprassumo de toda filosofia de Platão e, por sua vez, ainda estabelece o âmbito pragmático como algo meramente desprezível, fonte de engano da percepção, onde o espírito filosófico é corrompido pela δόξα 2 e pela imperfeição das cópias, que apenas servem para afastar os homens da verdade, da perfeição e do bem. Ora, se assim fosse, os diálogos não ocorreriam nas cenas do cotidiano do homem grego, como em ágoras e palestras, mas no tão famoso “mundo das ideias”, ou

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