O EVANGELHO SEGUNDO MATEUS

SEMINÁRIO TEOLÓGICO PENTECOSTAL DO NORDESTE
CURSO DE TEOLOGIA

RAIMUNDA FERREIRA

O Evangelho segundo Mateus

RECIFE
2015
AUTORIA Mateus aparece em todas as listas dos doze apóstolos. Na lista do primeiro evangelho, Mateus é identificado como publicano. Na narrativa da chamada, o primeiro evangelho menciona Mateus (Mt 9.9); Marcos menciona “Levi, o filho de Alfeu” (Mc 2.14) e Lucas menciona simplesmente “Levi” (Lc 5.27). Os três são, sem dúvida, paralelos e as referências devem indicar a mesma pessoa.
Leuín, que aparece em marcos e em Lucas, pode ser traduzido como levita e não necessariamente como Levi. Se a tradução for levita, explicaria algumas das coisas notáveis neste evangelho. O conservadorismo, interesse na lei oral e na tradição, nos fariseus e nos escribas e a escatologia tradicional encaixam-se otimamente na formação previa de um levita.
Eusébio (quarto século) cita Clemente de Roma como dizendo que “o primeiro dos quatro evangelhos, que são inquestionáveis, foi compilado por Mateus que outrora fora um coletor de impostos mas posteriormente um apostolo. Inácio de Antioquia refere-se, em sua carta a Esmirna, ao que é tido como um Mateus escrito e o denomina o Evangelho.
DATA
A mais antiga evidência externa para a existência de Mateus é uma provável referência de Inácio (que morreu por volta de 110 d. C.), e a evidência de Papias, que escreveu no início do século 2. Quase ninguém data o livro após 100 dC. Algumas razões para a preferência da data mais recente são totalmente duvidosas, como a suposição que Jesus não poderia ter predito a futura destruição do templo ou que a cristologia mais desenvolvida é helenística e, por isso, a data deveria ser mais recente.
Além disso, há algumas evidências internas de que Mateus foi escrito antes da destruição de Jerusalém (ou seja, antes de 70 d.C.). Por exemplo, Mt 12.5-7; 23.16-22 dão a entender de que o templo ainda existia quando Mateus foi escrito. Esse Evangelho também adverte sobre