O Estado de emergência econômico e o Estado Total

1. O Estado de emergência econômico e o Estado Total

1.1 A exceção e a unidade política

O estado de exceção se justifica pela situação de ameaça a unidade política. Existe para criar a situação na qual o direito poderá valer. A exceção é o caso excluído da norma geral, mas não esta fora da relação com a norma. No caso, o Estado suspende o direito em virtude de um direito de auto-conservação.
Para Schmitt, o Estado se tornou uma questão sobre a essência do político, em que o Estado deveria ser pensado a partir e em função do político, criando sua própria ordem política.
O objetivo do Estado é produzir dentro de seu território uma pacificação completa, possuindo a capacidade para determinar por si mesmo quem é amigo e quem é inimigo. O Estado não é bom ou mau: a máquina estatal funciona ou não garantindo a segurança do indivíduo em troca de obediência as suas leis.
Hobbes dizia que o estado de natureza é um estado de guerra, porem, Schmitt diz que o estado de natureza é a condição especificamente política do homem.
Segundo Schmitt, a Constituição é a decisão consciente que a unidade política, através do titular do poder constituinte, vale em virtude da vontade política do titular do poder constituinte. Já a lei constitucional pressupõe e vale com base na Constituição.

1.2 O Estado de emergência econômico e o guardião da Constituição

O Estado Total interfere em todos os setores da vida social, não existindo nada que não seja estatal e político. Para Schmitt, o parlamentarismo liberal era anti-político, portanto a fé no parlamentarismo era própria de liberalismo, não da democracia.
Os partidos de massa ocupam o Estado e seu pluralismo, sendo prejudicial a unidade política. No pluralismo, cada estrutura organizada de poder busca realizar a totalidade. O Estado torna-se objeto da exploração dos partidos. E o Parlamento é instrumentalizado pelos partidos na luta deles um contra os outros e deles contra o governo e o Estado.
Quando o Estado se