Riscos Causados por vazamentos de petróleo

Riscos e vulnerabilidades em transporte por dutos
O caso de abastecimento de petróleo e derivados

1.Introdução

A questão do transporte em dutos para o petróleo e seus derivados remonta ao século XIX, porém é só a partir da década de 30 no século passado que esta alternativa de transporte começa a ser utilizada efetivamente. Este fato deve-se principalmente a facilidade de interligar três pontos importantes deste setor: fontes de produção, refinarias e centros de consumo.
No Brasil esta modalidade de transporte inicia-se em maio de 1942 com a inauguração no Estado da Bahia para atender o escoamento das fontes de produção. Desde então, este serviço tem mostrado um enorme crescimento
Até o final de 1997, a malha dutoviária de transporte chegou a 11.719 km, sendo 7.475 km de oleodutos ou polidutos e 4.244 km de gasodutos. Atualmente encontram-se em construção três gasodutos de grande importância:
Gasoduto Brasil/Bolívia, cujo trecho Santa Cruz de la Sierra/São Paulo, com diâmetro de 32" e aproximadamente 2.000 km, deverá ficar pronto até o final de 98. Este gasoduto será prolongado até Porto Alegre (RS), com o início das obras programado para o início de 98.
Gasoduto Guamaré (RN)/Pecém (CE), com diâmetros de 12" e 10" e 377 km
Gasoduto Pilar (AL)/Cabo (PE) com diâmetro de 10" e uma extensão de 194 km.
Acidentes com este sistema de transporte têm mostrado a enorme complexidade e extensão dos danos causados não só ao patrimônio das empresas mas, principalmente, com os ecossistemas e as comunidades do entorno destes eventos.
Uma explosão de um gasoduto, em Guadalajara, no México, matou 200 pessoas em 1992. No ano de 2000 tivemos ainda a ocorrência de vazamentos na Baia da Guanabara e no estado do Paraná com grande efeito sobre o meio ambiente.
O caso de maior impacto no Brasil ocorreu na Vila Socó em Cubatão em 1984, onde uma das linhas que interliga a Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão, ao Porto de Alemoa, em Santos, rompeu devido à uma