O declínio da heroicização no Oriente

775 palavras 4 páginas
Texto crítico argumentativo sobre
"O declínio da heroicização no Oriente" , de Ivo Lucchesi

O texto rever os sentidos e formas que denominam o herói, a começar por explicar que o conceito de herói ingressa na aurora do Ocidente pela matriz da cultura grega. Nesta, o herói deve ser capaz de iluminar a vida. A figura dele representa a fundação de um paradigma onde se deve pautar o comportamento do homem. Na epopéia e na tragédia é vista como uma instância do discurso a narrativa e representação do herói, sendo assim, o herói nasce da literatura, já que é uma formulação do imaginário humano. No texto a narratividade é citada como procedimento onde o discurso retira o herói da concretude espacial para alçá-lo à dimensão temporal e, assim eternizá-lo. É importante ressaltar que é a temporalidade que redimensiona a figura do herói, libertando-o da sua facticidade espacial na qual ele, num primeiro momento, está imerso, em face da contingência do acontecimento real, é a condição essencial da sua transitividade. O texto faz refêrencia ao herói épico e ao herói trágico, podemos perceber que o épico faz tudo para merecer a aprovação e o reconhecimento dos deuses, já o trágico em tudo investe para provar a si mesmo que pode confrontar as leis dos deuses. O herói trágico julga já controlar um poder e por isso ousa. Esse auto engano, como é citado no texto, o projeta na violência do hybis. O ser trágico não almeja a heroicidade, ele acredita que já a possui e é essa visão errada que o projeta para além da medida das coisas.
Metamorfose do herói e a modernidade Nessa parte, o texto deixa claro que a medida em que ocorre um enfraquecimento da figura do herói ocorre a crescente perda da ingenuidade do ser acerca da complexidade com que passa a revestir-se o mundo. Atos heróicos passam a ter patrocínio do poder e as dilacerações existenciais passam para o controle da racionalidade. O herói então perde na modernidade o sentido de paradigma, destituído pela hegemonia

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