O conceito social e as relações dentro da escola

Antes do século XVII, a criança era vista como um bibelô, um ser feito para adornar, cuidar, mas sem muita importância para a sociedade, já que julgavam que as crianças não tinham capacidade para assimilar os acontecimentos ao seu redor. Muitas, às vezes, nem sobreviviam à época por conta das doenças, males e até por ter um número consideravelmente grande de crianças em uma só família, o que ocasionava o abandono desses menores.
A criança começa a ser considerada uma construção social a partir do século XVIII, quando deixaram de ser um objeto de interesse do círculo familiar e passaram a ser de interesse do Estado, que criou diversas campanhas contra o abandono visando priorizar a vida familiar e conscientizar que o abandono não seria a melhor estratégia para lidar com a grande quantidade de crianças. Foi criado, assim, um processo civilizador, que visava educar essas crianças para que o Brasil fosse “educado”, uma vez que diziam que a criança era o futuro do país. Não que a ideia de educar essas crianças não existisse, mas a forma como era feita anteriormente não se aplicava à ideia da época.
Com a implantação do ensino público, a criança passa a ter consciência do meio em que vive de maneira mais ampla, passando a ter uma identidade, o que começa a ser percebido pelo âmbito familiar. Começou, também o interesse pelo psicológico dessas crianças.
Dentro dessas instituições, foram surgindo o conceito social no momento em que o ensino nas escolas e as relações sociais (entre outras crianças com criação, crenças e raças diferentes e outros adultos, educadores, professores, etc.) que acontecem nelas fazem com que seja consolidado uma espécie de padrão comportamental, ou seja, a criança aprende a se adequar às normas da sociedade.