O conceito de espa o na arquitetura maneirista

O conceito de espaço na arquitetura maneirista
O autor começa exemplificando como os espaços eram retratados na Idade Média, onde as pinturas não possuíam espaço, eram chapadas, apartadas da realidade. Foi no período da renascença que os artistas resolveram se atentar pra espacialidade, tornando um pouco obsessivos. No maneirismo essa atenção diminui, mas não desaparece. Torna-se uma atitude ambivalente: as vezes os efeitos espaciais são excessivos, outras vezes ignorados. Combina uma tendência para profundidade e uma para o planimétrico.
As composições renascentistas eram uniformes, coerentes e lógicas. O sistema de perspectivas, proporções e tectônica eram apenas meios de se criar uma espacialidades. O maneirismo quis romper essa estrutura, o espaço foi dividido em áreas separas sob o ângulos externo e organizadas diferentes sob interno, resultando numa atomização onde as dimensões espaciais deixaram de oferecer uma relação logica com seu significado.
As figuras passaram a se amontoar em um canto ou se perdiam em uma grande área, vaga e ilimitada, exprimindo uma sensação de desarraigamento e extravio. Como se fosse uma necessidade de perambular e escapar de todas as limitações e confinamentos. Uma compulsão nas artes visuais que provoca uma tendência para transgredir o imediatamente visível e penetrar nas maiores profundezas
A antiguidade e a renascença não viam diferenças teóricas entre o espaço em que se movia a obra de arte e seu espectador. O maneirismo foi o primeiro a estabelecer essa diferença, por meio de figuras de primeiro plano e artifícios similares, construiu uma ponte entre eles enfatizando o abismo a transpô-lo.
A principal diferença entre a arquitetura maneirista e todas as outras é que ela cria uma concepção de espaço inconciliável com as concepções espaciais empíricas. O maneirismo a arquitetura do seu ambiente, conduz a um plano mais alto. As características mais marcantes surgem daí: um sentimento de restrição e falta de liberdade apesar de