O Clientelismo e inserção política

O clientelismo e a má gestão pública afastam uma grande parcela da população, pois as políticas, serviços públicos e direitos sob esses efeitos não são produzidos ou assegurados de uma forma universalista e impessoal, mas sim privilegiando determinadas pessoas ou grupos.
O poder público ao favorecer determinados grupos ou pessoas enfraquece as instituições, gerando a falta de identificação e de credibilidade com essas do restante da população e, por conseguinte a falta de interesse na participação da vida política.
Ao administrar o dinheiro e os negócios públicos sem critérios técnicos ou de interesse comum há lesão de direitos fundamentais, civis, políticos e sociais assegurados aos cidadãos, como saúde e educação, que não são gozados amplamente ou são oferecidos com péssima qualidade excluindo os demais do processo de democratização gerando descrédito e desinteresse da política.
O desrespeito às leis, a irresponsabilidade dos governos comprometem a capacidade do sistema político de responder às expectativas do cidadão gerando uma crise de representação e a sensação de que sua participação no processo democrático não surte nenhum efeito.
O espaço público é considerado como o espaço de todos, do uso coletivo, gerido pelo Estado. Já o espaço privado é o espaço da propriedade privada, da família, do particular. Contudo, esses espaços se confundem e mantém uma relação dinâmica e complementar.
Ocorre que na nossa sociedade os espaços públicos encontram-se cada vez mais degradados e em muitos casos desaparecendo. Cita-se como exemplo as ruas e praças nas grandes cidades que por causa da violência e da falta de presença do poder público não são usados pelos cidadãos. Esses acabam optando por desempenhar suas atividades cotidianas em centros de compras, condomínios residenciais, casa de shows. Essa migração de cotidiano do espaço público para o espaço privado e coletivo caracteriza-se como a privatização da vida pública.
Por outro lado o que se observa também em