O cinema mudo

Cinema mudo

O cinema mudo pode ser dividido inicialmente em duas fases.
A primeira em que era realmente mudo, sem nenhum ruído sonoro, que aconteceu antes da criação de uma tecnologia que pudesse adicionar som aos filmes, fazendo com que estes fossem realmente isentos de qualquer atividade sonora. Esta 'deficiência' era sanada com efeitos sonoros executados na hora da exibição do filme ou com por músicas, algumas vezes tocadas por pianistas ou até pequenas orquestras ao lado da tela do cinema.
Já a segunda ocorreu na década de 30, que foi quando a indústria cinematográfica concebeu uma forma de adicionar sons (estes sempre gravados à posteriori). Os filmes continuavam mudos, porém agora conseguiam ser exibidos com um acompanhamento sonoro próprio, e não executado por terceiros no momento de sua exibição.
Na época em que os atores não tinham falas, grande atenção era dada à parte visual do filme, pois era muito mais difícil passar emoções sem o uso da palavra.
Para suprir esta falta que os diálogos faziam, os atores davam mais ênfase em suas expressões, para que o público pudesse entender a mensagem que estava sendo passada naquela representação. Claro que a trilha sonora também ajudava o público a interpretar o que estava assistindo. Uma música tensa passa um tipo de informação, já uma animada, informa algo diferente à audiência. Letreiros também eram usados para facilitar o entendimento.
Muitos pensam que um filme sem falas não tem poder de entreter ou até de segurar a atenção de quem assiste. A prova de que isto não é verdade veio em uma das primeiras exibições de cinema da história, quando os irmãos Lumière exibiram em Paris um filme de uma locomotiva vindo em direção da câmera. Tamanha era a emoção que aquela cena, mesmo sem áudio conseguia passar, que alguns espectadores saíam de frente da tela com medo de serem atingidos pelo trem.
Uma das curiosidades técnicas do cinema mudo é a que ele tinha número de quadros por segundo diferente dos filmes