O Caso Schreber

23206 palavras 93 páginas
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Um estudo de caso: “O Caso Schreber (Freud, 1911)” revisitado Julgamos ser chegado o momento de tomarmos um “fato da vida”, no caso, um material clínico – O Caso Schreber – para investigarmos se as noções até aqui discutidas podem ser-nos úteis para o esclarecimento e compreensão dos problemas que em seu cotidiano psiquiatras e psicanalistas se defrontam.
Como estamos especificamente interessados no problema da loucura, escolhemos o clássico trabalho de Freud como campo de investigação.
Inicialmente, apresentaremos um sumário do relato e interpretação de Freud

PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210607/CA

do livro autobiográfico: Memórias de um Doente dos Nervos, de Daniel Paul
Schreber.
Desde que surgiu, em 1903, o livro do juiz Schreber se tornou alvo de amplo debate entre psiquiatras, tendo sua discussão atingido seu clímax com a publicação do texto freudiano (1911). A partir de então uma vasta bibliografia se formou, quer do ponto de vista literário, psicanalítico, ou político. Nesta primeira seção nos limitaremos essencialmente ao texto freudiano. Em seguida, apresentaremos novos dados que apareceram, na década de 50, a partir das pesquisas de Franz Baumaeyer e William G. Niederland que vieram lançar novas luzes sobre o próprio caso e sobre a interpretação freudiana. Na seção seguinte discutiremos nossa específica leitura a partir das contribuições filosóficas de Marcia Cavell e Ludwig Wittgenstein, visando propor uma compreensão para o delírio de Schreber e para certos fenômenos que acompanham as variadas manifestações do que usualmente se denomina por loucura, insanidade mental ou psicose. No próximo capítulo voltaremos ainda ao Caso Schreber, a partir de duas interpretações peculiares, a de Elias
Cannetti e a de Eric L. Santner, a fim de mostrar, mesmo que muito sumariamente, o amplo leque de ensinamentos que dele podemos extrair.

188
5.1
O Caso Schreber, segundo Freud
Conta-nos o tradutor, editor e comentador da obra

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