O advogado e sua reponsabilização

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“Todas as coisas já foram ditas, mas como ninguém escuta é preciso sempre recomeçar”. André Gide (escritor francês, 1869-1951)
I - Introdução
Resumidamente, do ponto de vista técnico, poder-se-ia definir o advogado como sendo o profissional formado em Direito, detentor da atribuição de orientar, assessorar ou representar aqueles que têm interesses a pleitear ou resguardar perante a esfera judicial. É ele o perito da norma, auxiliar imprescindível na correta interpretação e na integral aplicação da lei, sujeito ativo no constante aperfeiçoamento da nossa jovem democracia e na edificação de um cotidiano mais justo.
Sob a óptica do coração, falar-se-á, sem exageros, que “ser advogado significa haver renunciado a muitos sonhos e também haver sido esposado um alto encargo, pleno de grandes responsabilidades. O homem e o jurista constituem uma unidade inseparável e não há uma linha de fronteira entre aquele e o profissional; encontram-se sempre entrelaçadas a dignidade do homem e o dever da profissão na luta pelo direito, pois só esta é própria da advocacia” (1). Funcionar como o farol que jamais se apagará na eterna busca da verdade, superando os obstáculos, enfrentando a opressão, lutando por um amanhã mais digno, mostrando que o ideal de justiça é possível... Eis a grande meta de todo operador do Direito, eis a realização profissional diária do advogado.
Portanto, as obrigações da advocacia extrapolam os feitos de defender o acusado ou representar a parte em juízo, haja vista que tal labor é calcado em fundamentos maiores.
Intimamente o advogado é visto como defensor do inocente, daquele que está sofrendo injustiça, figurando como a voz do oprimido e o eco da sociedade. “Quando empresta seus conhecimentos ao cliente, ele é, via de regra, um guerreiro que transforma em armas prodigiosas os seus estudos e as suas palavras. E é por esses e outros motivos que os governos temem os advogados. Afinal, quando estes se dispõem a defender a Justiça, a Liberdade, a

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