A vitória do Absolutismo na França

Através da análise (numa visão marxista) de Eric Hobsbawn sobre a Crise Geral do século XVII, torna-se possível observar a transição final do sistema econômico feudal para o capitalismo (inicialmente o mercantilismo) e como figuras marcantes como o cardeal Richelieu, seu discípulo Mazzarino, o poderoso Luís XIV e o economista Colbert desenvolveram e consolidaram o Estado-Moderno pós Westaliano que se deu na época.
No século XIV, os principais centros de comércio internacional entraram em declínio; Mediterrâneo e Báltico perderam espaço para o comércio do Atlântico, levando a muitos capitalistas a migrarem de setores, de acordo com a visão marxista. Foi nesse período que os capitalistas começaram a investir nos instrumentos de produção e matéria prima, vendendo-os para as grandes organizações, a fim de evitar a produção de subsistência dos pequenos artesãos, que produziam com eficiência a domicílio, e submetê-los ao capitalismo.
Há a decadência da Companhia Ocidental das Índias, devido aos conflitos entre França e Holanda, a partir de 1640. Os conflitos nesse século foram contribuintes para a crise, considerando a desestruturação e a perda populacional. Foi o século com um dos menores crescimentos populacionais. Além disso, a escassez de dinheiro levou às coroas à extorsão de dinheiro da população. Essa má manutenção do dinheiro levou a revoltas, não só por parte da plebe, mas também da burguesia em ascensão e da Nobreza das províncias, uma vez que o Absolutismo encontrava-se em andamento. Era comum a prática da venda de cargos da coroa para obter renda e aproximar a burguesia para que essa fosse vigiada de perto. Posteriormente, para a contenção dessas facções da sociedade foi criado o sistema Intendant por Richelieu. Os Intendants possuíam direitos e amplos poderes nas províncias, os quais viriam a se tornar comissários permanentes do Estado. Tais cargos não eram sujeitos a venda e nem hereditários, de forma a desestabilizar as dinastias locais e concretizar a