A VIOLÊNCIA COMO MECANISMO DE PRAZER

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No dia-a-dia, estamos cercados por acontecimentos cruéis, que por si só já causam sofrimento, mas fazemos questão de revivê-los. Afinal, de onde vem a satisfação humana em observar cenas e situações macabras? Postada neste blog esta a cena do assaltante pego no assalto a agencia do Banco do Brasila em Luzilandia agonizando dentro de um carro cercado por dezenas de pessoas que assistem seus ultimos momentos de vida com júbilo. Se observarmos atentamente, livres de pré-conceitos, veremos o apoio velado dos cidadões luzilandenses à tortura, e o mais chocante é o fato de que são pessoas comuns: talves esteja ali assistino aquela cena nefasta professores, funcionários públicos e comerciantes que jamais cometeram um único crime, que nos finais de semana assistem a missa, brincam com seus filhos; de certa forma todos experimentaram da mesma sensação inebriante; a de carrasco, não houve uma rejeição popular, não houve uma reflexão interna capaz de considerar aquilo repugnante.

Eles aprovaram a ação da policia e a morte violenta do assaltante por que queríam estar no lugar deles (policiais), para fazer exatamente o mesmo, nós queremos fazer isso o tempo todo, mas só em uma situação dessas ganhamos permissão para isso. Nesse caso, não se admite desejar algo que na verdade se deseja. Nossos desejos profundos trazem um duplo sentimento. Desejamos e o mundo (pelo qual necessitamos ser aceitos) nos diz que não. Assim, se partimos do principio que o ser humano se aproxima de pessoas e coisas por identificação, temos um insight quanto ao entendimento do ímpeto à contemplação do horror. O ato perverso de se deleitar com o terror está de uma forma tão oculto em nós que nos impossibilita perceber que ele habita em nós mesmos. Está explícito, porem, com a condição que esteja só no outro, que só o outro o tenha.

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