Pisicologia juridica

UM OLHAR SOBRE O DELINQUENTE

6.1 DELINQUENCIA E PRAZER Pode se associar o ato de delinquir ao prazer psicológico de seu exercício? Existem mecanismos, como a sublimação e o deslocamento, entre inúmeros que podem ser empregados, a respeito dos quais o instrumento teórico apresentado proporciona diversas possibilidades de aplicação.

6.1.1 O prazer na dor do Outro Quais os vários fenômenos que contribuem para que a dor do Outro seja percebida, inconscientemente, como irrelevante ou prazerosa? Um deles relaciona com a percepção; ela oculta-se no colorido geral dos acontecimentos. Transforma-se em cocaína emocional que precisa ser cada vez mais ingerida para proporcionar um número de satisfação. Outro fenômeno também ligado a percepção, diz respeito à habitualidade, que banaliza os eventos costumeiros. A mente desenvolve mecanismos de defesa para eliminar o dano ao psiquismo; o habitual desaparece. Aqui se trata da síndrome do mendigo da porta da igreja. Exposto à espera da caridade. Acaba invisível na escadaria, como se fizesse parte do Patrimônio. Situações em que o indivíduo agride para fazer sofrer relacionam com fenômenos emocionais. O sofrimento do outro constitui e expiação de uma culpa (pai ou mãe bate até fazer chorar e assegurar-se que a falha cometida na educação seja exorcizada pelas lágrimas da criança). Há risco potencial de que o assassinato de uma criança seja consequência de conduta excessiva dessa natureza. O prazer na dor Outro podem, também, refletir uma característica de personalidade antissocial, em que o individuo agride a sociedade, representada pelo objeto da raiva; eventualmente chega a fatalidade. Não desprezando, também, dois tipos de fenômenos que se encontra associados a tais comportamentos: o condicionamento e a observação de modelos O Condicionamento também da exposição a situações similares desde a infância, que ensinaram o indivíduo a obter vantagens (esforço positivo) a partir do comportamento de agressão. O