a vida

Prof Amparo 1/2014 tica a busca da vida boa para si e para o outro presente e futuro (ARISTTELES, 1992 JONAS, 2006 LADRIRE, 2001 RICOEUR, 1995). Nesse sentido, tica implica o engajamento em um processo de reflexo com vistas melhor deciso, considerando todos os elementos envolvidos na situao, e todas as pessoas, prximas e distantes no tempo e no espao, passveis de serem afetadas pela ao (SOUSA, 2011). O elemento central da tica a liberdade que tm os indivduos de escaparem ao determinismo (da natureza e da sociedade). a liberdade de mudar o curso e o sentido das coisas, de no ceder pura e simples inrcia, de no se (con)formar simplesmente natureza e cultura instituda na sociedade. Liberdade no fazer a primeira coisa que vem cabea, mas sim refletir e fazer escolhas considerando tudo que est implicado no contexto e as conseqncias para todos que sero afetados pela ao. Nesse sentido, a liberdade implicada na tica um instrumento para o futuro, no apenas uma escolha entre alternativas dadas (DAY GODDARD, 2010). tica o espao de liberdade do ser humano, representado pela possibilidade de construo e reconstruo de si mesmo e da sociedade. Trata-se de um potencial para desafiar as configuraes impostas pela natureza, pela histria e pela cultura. Portanto, tica , um pouco, renunciar barbrie que existe dentro de cada um de ns. Mas, acima de tudo, ela criatividade, inteligncia criadora, a mxima expanso da criatividade humana, e que tem a ver com assumir a autoria da prpria vida, com sermos autores da nossa biografia e responsveis por ela. Temos que reconhecer que as circunstncias (que so um determinismo exterior) e os impulsos (que so um determinismo interior) deixam pouco espao para a liberdade criadora. Porm, reconhecermo-nos como autores, apesar das tramas do determinismo, dahistria, da cultura e do acaso uma das principais tarefas da tica. Nossas vidas tm mais a ver com ser livre, ser sbio, ser inventivo. Isto , controlar o prprio funcionamento, conhecer