A vida é um sopro

Militante e engajado foram duas palavras utilizadas para descrever Niemeyer. Sua simplicidade como pessoa humana e sua autenticidade como Arquiteto foram abordadas neste documentário, de modo a nos dar uma ideia mais ampla sobre o processo de criação, que envolve estudos, sensibilidade e um tom a mais de poesia, além é claro, da criatividade.
Percebe-se que a obra de Niemayer é também escorada no acaso, onde diversos fatos, como a sua ida a Nova Iorque à convite de Lucio Costa, lhe renderam os créditos referentes ao projeto do Edifício da atual sede da ONU.
Suas inspirações são as curvas, encontradas na natureza ativa da paisagem do Rio de Janeiro, e também nas curvas do corpo de uma mulher. Niemeyer e sua inspiração rodaram o mundo e deixaram sua marca por lugares inusitados, como a Argélia, e até mesmo Paris, outra hora impenetrável e já consolidada pela sua Arquitetura mais voltada ao clássico de encher os olhos.
Por fim, exponho minha opinião a respeito do Grande Mestre Oscar Niemeyer: Sua simplicidade, calma e olhar diferenciado chamaram minha atenção e me ensinaram uma lição, a de esperar, observar, absorver e se aproveitar do momento e dos frutos que cada momento pode oferecer. Sua marca, seu estilo está carimbado, e embora tenha falecido, sua imagem nos vêm à cabeça sempre que imaginamos uma edificação curva, sempre que pensamos na Capital do nosso País, sempre que pensamos em Arquitetura. Sua obra vai além ainda: é didática, como já me referi logo acima, nos faz pensar, imaginar e sonhar. Todo Arquiteto deve se espelhar em Niemeyer para criar seu próprio estilo, usar da simplicidade, que alheia a criatividade deve nos render resultados surpreendentes até para nós mesmos. A vida é um sopro, mas é possível deixar a sua marca, ainda durante a sua passagem por ela.