A vida de Galileu

A vida de Galileu

Baseado na peça de Bertolt Brencht, o filme A Vida de Galileu, conta a história do físico e astrônomo, mas, mais do que isso, dialoga com algumas questões da época em que viveu. Passa-se por um momento de profunda intelectualização, onde a Igreja, até então detentora do poder, sente-se ameaçada por toda e qualquer ideia que pudesse ameaçar sua hegemonia. É neste contexto que Galileu exerce suas atividades, com um clero sempre desconfiado, que priorizava a sua verdade absoluta.
Coincidindo com o período do advento da revolução científica moderna - que levou à repensar todos os âmbitos que já se tinha conhecimento - há o período denominado de “Caça às bruxas”, caracterizado pela perseguição e em outro termo, pela Inquisição daqueles que eram considerados Hereges.
Galileu Galilei é a exemplificação deste período e é isso que o filme aborda. Tentando manter a confiança das autoridades eclesiásticas, o filme mostra suas manobras para continuar com suas pesquisas e estudos; Desde o início, ao mostrar suas aulas e, dessa maneira, conseguir se firmar financeiramente. Com isso, fica sabendo sobre o telescópio (“lentes que aproximam”), que, apesar de não ter sido invenção sua, seus aperfeiçoamentos o deram maior estabilidade econômica.
É assim que ele passa a desenvolver estudos de maior profundidade ligados à astronomia, descobrindo e aprofundando-se em questões filosóficas e religiosas contrárias às que regiam a sociedade da época. Todas as suas pesquisas não são bem vistas, e até por esse motivo sua filha não consegue se casar.
Adentrando na parte mais direta, o momento em que Galileu começou a ser visto como algo ameaçador, contribuinte e gerador de ideias que poderiam “desvirtuar” a sociedade, é quando faz um livro. O livro ameaçava as classes dominantes e, principalmente, a Igreja, pois suas teorias e conclusões passaram a ser de conhecimento geral de todos. Entre alguns acontecimentos, Galileu é chamado ao Palácio dos Médici, por ser