a sociedade contra o estado

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Em geral cada um de nós possui em sim mesmo a necessidade natural de obedecer. Mas a ausência da escrita e o modelo de subsistência na economia contribuiu para a ideia de que as sociedades primitivas ou “arcaicas” não possuíam poder, logo não existia Estado.
O poder se realiza numa relação social característica: comando-obediência. Daí resulta de saída que as sociedades onde não se observa essa relação essencial são sociedades sem poder. Pois poder político só se dá diante de uma relação de coerção e subordinação.
Diante de muitas sociedades primitivas os indígenas se destacam por possuírem líderes e chefes, mas mesmo assim nenhum deles possuir “poder”. Essa relação de comando-obediência para eles não existe, pois para um índio é muito estranho, a ideia de dar uma ordem e de ter de obedecer.
Não se pode dividir a sociedade em dois grupos: sociedades com poder e sociedades sem poder. Julgamos ao contrario que o poder político é universal, mas que ele se realiza de dois modos principais; poder coercitivo, poder não-coercitivo. O poder político como coerção não é o modelo de poder verdadeiro, mas simplesmente um caso particular, uma realização concreta do poder político em certas culturas. Mesmo nas sociedades onde a instituição política está ausente, mesmo aí o poder político está presente.
Se o poder político não é uma necessidade inerente à natureza humana, então ele é uma necessidade inerente à vida social. Podemos pensar o político sem violência, mas não podemos pensar o social sem o político.
A teoria etnológica oscila entre duas ideias, opostas e no entanto complementares, do poder político: para uma, as sociedades primitivas são, no limite, desprovidas em sua maioria de qualquer forma real de organização política; a ausência de um órgão claro e efetivo do poder levou a que se recusasse a própria função desse poder a essas sociedades. Para segunda, ao contrário, uma minoria entre as sociedades primitivas ultrapassou a anarquia primordial para chegar a

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