A Revolução Brasileira

640 palavras 3 páginas
A Revolução nas Estruturas

A Revolução Brasileira, como já foi anteriormente explicitado, nasce em meio a um panorama de descrença, a ideia de uma revolução burguesa, aliada ao proletariado, ruíra. O que ocorreu, em conformidade com José Carlos Reis (2006), foi exatamente o oposto: “ela (a burguesia) optará pela aliança com o latifúndio e com o imperialismo, seus adversários teóricos, e reprimirá violentamente proletários e camponeses, seus aliados teóricos” (REIS, 2006. p, 166). Isto culminará na tomada do poder pelos militares, em 1964. Caio Prado parte desses acontecimentos para problematizar a utilização da análise marxista proposta pelas teses do PCB. O autor caminha, então, de forma inversa, erguendo sua análise acerca do passado colonial em sentido contrário as estas teses, formulando críticas ferrenhas a aplicação da teoria marxista como estava sendo proposta.
Na obra em questão, Caio Prado Junior discute as formulações da teoria marxista dentro do panorama intelectual brasileiro. Em conformidade com o pensamento do autor, a década de 20 fora marcada por essas formulações, que surgira em relação a conjuntura dos países coloniais e semi-coloniais, em outras palavras, os povos submetidos ao imperialismo. Presumiu-se, assim, que esses países, (coloniais, semi-coloniais, independentes) não estando em um nível de desenvolvimento em adequação ao paradigma das sociedades ditas desenvolvidas, alocar-se-iam na transição feudo-capitalista. Destarte, a etapa revolucionária aconteceria dentro da idéia de revolução democrático-burguesa, seguindo o modelo leninista. O autor conclui “naquele quadro tão fielmente decalcado sobre modelos estranhos e completamente distintos dos países cuja realidade se procurava interpretar revolucionariamente, introduziu-se unicamente em um todo original, isto é, o imperialismo.” (JUNIOR, 2007. p, 156).
O que se pode observar nestas análises é que as relações de exploração do trabalho foram vistas como “feudais” ou “semi-feudais”, e

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