A psicologia em frente a eduacação
Diana Carvalho de Carvalho
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Profa Doutora em História e Filosofia da Educação, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
O recurso à Psicologia tem sido uma marca constante no modo de encarar e buscar soluções para os problemas educacionais da modernidade. No Brasil, esta relação estreitou-se nas primeiras décadas do século XX, mais precisamente nas décadas de 20 e 30, momento em que a sociedade brasileira se via às voltas com as exigências da modernidade capitalista. À Psicologia, com suas técnicas inovadoras, era atribuído o papel de disciplina coadjuvante na construção de um novo homem, especialmente por sua contribuição aos aspectos metodológicos do ensino, ou seja, o como ensinar. Naquele momento, esta questão revestia-se de importância fundamental diante da necessidade de escolarização das massas, já que eram altos os índices de analfabetismo no País e os discursos modernizadores de importantes educadores nacionais como, por exemplo, Lourenço
Filho (1930), exigiam sua erradicação.
O estudo do desenvolvimento infantil foi um dos eixos da discussão dos autores que se dedicaram à Psicologia e à Educação no início do século XX, que ficou conhecido como o "século da criança".
As temáticas que expressam as discussões educacionais que ocorreram em todo o século XX, e que até hoje são questões presentes no debate da área, são: a relação entre desenvolvimento e aprendizagem, a importância da educação para o desenvolvimento do psiquismo e o papel do professor no processo ensino-aprendizagem – estes fatores estão presentes nos estudos