A pré história da antropologia
Acadêmico: Thomas Ericson Przybysewski
Curso: Ed Fìsica
Matéria: Ed.física e cultura
Profº: Emerson
A pré história da antropologia: a descoberta das diferenças pelos viajantes do século XVI e a dupla resposta ideológica dada aquela época até nossos dias
Duas ideologias antagônicas começam a se estabelecer. Uma defendida pelo dominicano Las Casas, onde ele afirma que os índios não são bárbaros, pois organizam-se em aldeias, têm uma ordem política e que muitas vezes superam as nações européias com suas virtudes morais. A outra é a defendida pelo jurista Sepulvera, onde este diz, que os índios são servos por natureza, e que estes merecem ser submetidos ao império de nações mais cultas e humanas, pois só assim eles abandonariam a selvageria e converteriam-se a uma vida mais digna e virtuosa.Esses estereótipos mostrados por Las Casas e Selpulvera vão refletir até hoje com a “antropologia espontânea”, da qual ainda é difícil desvencilhar-se.
“A extrema diversidade das sociedades humanas raramente apareceu aos homens como um fato, e sim como uma aberração exigindo uma justificação” (página 40). Essa atitude acaba por excluir da sociedade aqueles que não se encaixam ao sistema.Cornelius de Pauw mostra que a separação entre o estado de natureza concebido como irremediavelmente imutável e o estado de civilização, podem ser comparados num mapa-múndi. Onde fica clara a divisão do que está ao norte e o que está ao sul. Ao norte ficaria a Europa, com toda a sua “superioridade” e ao sul, ficariam as nações “bárbaras”, com toda a sua “selvageria”.Buffon generaliza o povo do sul classificando-os como iguais, sendo todos bárbaros.Hegel afirma: “Esses povos jamais ascenderão à história e à consciência de si.” (página 45)Tudo isso faz crer que esses autores procuravam explicar os povos descobertos de forma que lhes parecia ser a mais conveniente, pois estes reduziam seres humanos a condição de coisas, de objetos, justificando a