A proctite rádica

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A proctite rádica é uma complicação comum da radioterapia na região inferior do abdomén e da pelve (B. SHARMA, 2005). A proctite (ou rectite) é uma inflamação da mucosa retal (MANUAL MERCK, ano).
Podem ocorrer no início da radioterapia, alterações dos tecidos que incluem a perda de células da mucosa, inflamação aguda na lâmina própria, formação de abscessos da cripta eosinofílica e inchaço endotelial nas arteríolas (WONG, M. T. C., 2010). A cessação da radioterapia pode levar a uma melhoria inicial, mas também pode progredir, com ou sem um período de quiescência, com subsequente fibrose do tecido conjuntivo e endarterite arteriolar (WONG, M. T. C., 2010). Estas últimas mudanças resultam em isquemia do tecido retal, levando a eventual friabilidade da mucosa, onde os pacientes apresentam hemorragias, úlceras, estenoses e fístulas (WONG, M. T. C., 2010).
A proctite rádica aguda ocorre durante ou após três meses do início da radioterapia. A proctite rádica crónica tanto pode continuar a partir da fase aguda como pode começar depois de um período de latência de pelo menos 90 dias (WONG, M. T. C., 2010). A última forma de proctite ocorre mais comummente em pacientes com proctite aguda grave e naqueles com condições predisponentes como diabetes mellitus, doença inflamatória intestinal, hipertensão, doença vascular periférica, cirurgia abdómino-pélvica ou mesmo quimioterapia concomitante ou anterior (WONG, M. T. C., 2010; B. SHARMA, 2005).
Acredita-se que um estágio avançado do tumor e uma dose total de radiação superior a 5.000 cGy também aumentam o risco de ter complicações tardias como a proctite embora não existam quaisquer preditores definitivos para a progressão da doença até o momento (WONG, M. T. C., 2010). A proctite rádica é uma complicação problemática em 75% dos pacientes que se submeteram a irradiação pélvica por qualquer causa. A incidência de complicações tardias é de cerca de 2,5 a 30% (B. SHARMA, 2005). A lesão é dose dependente e aumenta

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