A PROBLEMÁTICA DOS CATADORES NOS LIXÕES

A PROBLEMÁTICA DOS CATADORES NOS LIXÕES
O desenvolvimento tecnológico e industrial, acelerado pela Globalização e pelos ideais Capitalistas de acumulação e lucro, afeta profundamente os processos de trabalho, uma vez que exige mão de obra cada vez mais qualificada, reduz os postos de trabalho, aumentando significativamente os processos de competitividade e de exclusão social. Milhões de brasileiros enfrentam hoje o desemprego e buscam sua renda exercendo atividades informais. Na falta de um emprego ou trabalho assalariado, tendem a se submeter às precárias condições de trabalho, realizando qualquer ocupação.
Os efeitos do aumento desenfreado da produção e do consumo aparecem através de fatores como a poluição, o aquecimento global, a destruição da camada de ozônio, aumento do volume de embalagens descartáveis, etc. Nesse contexto, a catação de materiais recicláveis surge como uma alternativa de ocupação para uma parte do contingente de desempregados que acabam colaborando para o equilíbrio ecológico do planeta. Entretanto, os catadores que coletam esses materiais nas ruas da cidade, no lixo disposto pelos moradores e comerciantes, nos aterros ou mesmo nos “lixões”, acabam se constituindo também em um problema de saúde pública, quer pelo contato direto com o lixo ou pelo armazenamento inadequado de materiais em seus quintais. Neste sentido, a problemática que envolve a ocupação de catador, abrange os aspectos social, ambiental,econômico e de saúde pública.
Os catadores de lixo são profissionais que se mantêm em contato direto com o resíduo sólido, ficando sujeitos a diferentes tipos de riscos. O contato frequente com agentes nocivos à saúde torna a reciclagem do lixo realizada por essas pessoas uma das atividades mais arriscadas e insalubres.
O contato diário com os gases oriundos do lixo pode acarretar danos à saúde a médio e longo prazo. Os riscos vão desde as intempéries climáticas, passando pelo perigo de acidentes que o catador se expõe ao subir nos carros