A prisão, por Foucault

2079 palavras 9 páginas
Marlio Machado de Oliveira Aluno do curso de Direito da FGF Visite minha pgina HYPERLINK http//www.alumac.com.br/maerlio.htmwww.alumac.com.br/maerlio.htm Michel Foucault, ao examinar a formao histrica das sociedades dos sculos XVII a XIX, atravs de um estudo minucioso sobre o nascimento da priso, debuxa um exerccio do poder diferente do exercido pelo Estado, exigindo deste um repensar institucional, descortinando a histria dos domnios do saber e, ainda, o interrogar do pensamento pelo prprio pensamento, no que diz respeito anlise dos preceitos de internamento. Foucault se concentra na formao do poder como produo de toda uma hierarquia que se realiza a partir da troca entre saberes disciplinares nas mais diversas instituies, sejam elas propriamente repressivas (tal qual a priso e as foras armadas) econmica (como as fbricas) ou at pedaggicas (como as escolas). Segundo Foucault, nesta troca, o que caracteriza o conjunto hierrquico como vida o poder difuso, e no o uso privado pelo topo da hierarquia. Percebe Foucault que os sculos XVII a XIX no foram apenas um marco na regulamentao escrita dos exrcitos, escolas, prises, hospitais e fbricas, mas que se persegue principalmente uma idia construtiva de converso do homem em mquina. algo com a inteno de tornar o indivduo til, dcil e disciplinado atravs do trabalho. Esse tipo especfico de poder que se expande por toda a sociedade, investindo sobre as instituies e tomando forma em tcnicas de dominao, possui, segundo Foucault, uma tecnologia e histria especfica, pois, atinge o corpo do indivduo, realizando um controle detalhado e minucioso sobre seus gestos, hbitos, atitudes, comportamento, etc. Essa ao sobre o corpo no opera simplesmente pela conscincia, pois, tambm biolgica e corporal. , pois, justamente esse aspecto que explica o fato de que o corpo humano seja alvo, pela priso, no para suplici-lo, mutil-lo, mas para adestr-lo e aprimor-lo. Isto converter segundo Foucault, numa riqueza estratgica e numa eficcia

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