A primeira lei do movimento de Newton e noções sobre as forças de atrito
A primeira lei do movimento de Newton e noções sobre as forças de atrito
Elinna Bezerra Mota
Éden Santos
INTRODUÇÃO Concordando com as ideias de Galileu, de que um corpo pode estar em movimento mesmo que nenhuma força atue sobre ele, Newton as utilizou no enunciado de sua primeira lei, conhecida como a primeira Lei de Newton, a Lei da Inércia. A Lei da Inérci é a tendência que os corpos possuem em permanecer em seu estado natural, repouso ou movimento retilíneo e uniforme. Para exemplificar, tem-se a seguinte situação: quando uma família viaja em um automóvel em movimento retilíneo e uniforme, em relação à Terra, e por algum motivo o motorista freia bruscamente, todos que estão no carro são atirados para frente em relação ao carro. Isso ocorre em virtude da inércia, isto é, da tendência que todos têm em manter a velocidade constante com que o carro vinha trafegando em relação à Terra, como é mostrado na Imagem 1 abaixo. Em resumo, na ausência de forças: Um corpo ou objeto parado, em razão de sua inércia, tende a permanecer em repouso; uma vez iniciado o movimento, a tendência do corpo é permanecer em movimento retilíneo e uniforme. Se o somatório das forças externas que atuam sobre um corpo for nulo, o mesmo estará em repouso ou em MRU: ΣFext = 0; ΣFext = ΣFx + ΣFy + ΣFz = 0; ΣFextx = 0; ΣFexty = 0 e ΣFextz = 0. (Imagem 1) Até agora, para calcularmos a força, ou aceleração de um corpo, consideramos que as superfícies por onde este se deslocava, não exercia nenhuma força contra o movimento, ou seja, quando aplicada uma força, este se deslocaria sem parar. Mas sabemos que este é um caso idealizado. Por mais lisa que uma superfície seja, ela nunca será totalmente livre de atrito. Sempre que aplicarmos uma força a um corpo, sobre uma superfície, este acabará parando. É isto que caracteriza a força de atrito: Se opõe ao movimento; Depende da natureza e da rugosidade da superfície